sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Pilantra da Vez ...

Olho vivo, torcedor Palmeirense. A arbitragem do jogo de domingo ficará sob a responsabilidade de Sandro Meira Ricci. Os números do indivíduo nesse Brasileirão podem ser acompanhados no Terceira Via Verdão e não apresentam nada de anormal.

O problema é a vasta série de denúncias de manipulação de resultados que pairam sobre a cabeça de Ricci. Em matéria do site Futebol Total, publicada em 23/11/2006, podemos ler:

“É surrada, porém sempre atual, a famosa frase "no Brasil se dá bem que tem ‘QI’". Nada de quociente de inteligência, mas de "quem indicou". No futebol também é assim. Em Brasília (principalmente lá), há uma curiosidade geral em saber quem é o padrinho do árbitro Sandro Meira Ricci, 31 anos, incluído de forma relâmpago no quadro da CBF. Atropelou todos os critérios estabelecidos pelo chefe da arbitragem nacional, Edson Resende, que aliás, comandou a arbitragem do Distrito Federal antes de substituir o Armando Marques.

Olho nele

De vez em quando aparecem árbitros de qualidade muito inferior ä ruindade geral para apitar jogos do Atlético e Cruzeiro. É bom guardar o nome desse Sandro Meira Ricci, porque ele jamais ter apitou um jogo da primeira divisão do campeonato candango, antes de chegar ao quadro principal da CBF. Fora das quatro linhas o curriculum dele é muito bom: formado em economia, é analista de comércio exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e fala mais três idiomas: inglês, espanhol e italiano. Dá aula sobre regras de futebol aos candidatos a árbitro, porém no apito sua história ainda é curta. Se resume às divisões de base.

Já apanhou

Antes de ser promovido ao quadro da CBF, Ricci, só tinha apitado três partidas profissionais e mesmo assim pela segunda divisão do futebol de Brasília: Paranoá x Brasília, Capital x Aruc e Ceilandense x Aruc. Atuou em mais 18 jogos de profissionais, mas como árbitro reserva. A competência questionável e a inexperiência, certamente é que foram responsáveis pelos catiripapos (gn) que ele levou do presidente da Anapolina, Ruiter Silva, em Anápolis, pela Série C deste ano, quando marcou um pênalti que deu a vitória ao Grêmio Barueri por 2 x 1 sobre o time goiano.

Nossa, quem usava o termo catiripapo, era o meu pai !!! Voltemos a Sergio Meira Ricci. Via Cruz de Savóia, li o texto do Minha Vidavai, de onde destaco:

"Em 13 de Novembro de 2007 o cartola Raimundo Ribeiro, presidente do Remo, apresentava ao Diário do Pará um dossiê que denunciava um suposto aliciamento de árbitros visando a manipulação de resultados. Segundo ele, o acesso à elite seria facilitado por R$ 300 mil.

A máfia existe e eu sei onde eles estão”, disse Raimundo ao jornal, se colocando à disposição da Polícia Federal para identificar a quadrilha.

O cartola pôs a boca no trombone depois que teria recebido uma farta documentação de um remetente anônimo de São Paulo, indicando um possível aliciamento do árbitro do Distrito Federal (DF) Sandro Meira Ricci que apitou o jogo em Belém contra o São Caetano, pela 33ª rodada. O Remo perdeu o confronto por 1 a 0.
Raimundo Ribeiro apontou que haveria fortes indícios de que o Remo foi prejudicado em outras partidas e adiantou que o departamento jurídico do clube apresentaria vídeos de jogos sob suspeita e pediria providências à Futebol Brasil Associados (FBA), a entidade que organiza a Série B.

O misterioso envelope branco, no formato A4, com textos cuidadosamente digitados, foi postado de São Paulo. Nele constava uma espécie de dossiê com nomes de árbitros que supostamente fariam parte da “Máfia do Apito”. O remetente que direcionou o conteúdo – intitulado “Operação Advertência Cartão Amarelo” – para a sede social remista, identificava-se apenas como “ACM”.

O maior alvo na documentação era o árbitro do Distrito Federal Sandro Meira Ricci. O time paraense perdeu o jogo por 1 a 0, e, segundo “ACM”, o mediador chegou a Belém para prejudicar o time mandante. Num trecho da papelada, o informante diz: “Segundo conversas do árbitro sr. Sandro Meira Ricci, com colegas do quadro nacional do DF, o mesmo disse as seguintes palavras: ‘este ano vou arrebentar’. Creio eu que realmente tenha dito a verdade; no entanto, acho que mais este ano ele vai arrebentar (f...) com a equipe do Remo/PA” (sic).

O autor complementava, afirmando: “Se estiver com dúvida das informações que lhe foram repassadas acima, é só dar uma ligada para os Presidentes dos Clubes Goianos citados acima, que os mesmos poderão lhe dar melhores referências sobre tal árbitro”.

Para endossar as revelações sobre Sandro Meira Ricci, o dono do envelope relaciona o crescimento rápido do profissional com apadrinhamentos dentro do quadro de arbitragem da CBF. Havia uma listagem sobre o trabalho suspeito de Ricci em diversos jogos, alguns tendo gerado até agressão do juiz. Hoje, Meira Ricci é aspirante à Fifa.

A séria denúncia sobre uma suposta fabricação de resultados na Série B a partir da divulgação de um dossiê anônimo deu o que falar na imprensa, menos, claro, na imprensa de Santa Catarina, que a despeito de ter o Avaí sido supostamente prejudicado em alguns jogos, fez que não viu e continuou na dela, alimentando-se apenas de pautas prontas do Brocoles Delivery.

A Federação Pernambucana de Futebol chegou ao ponto de estar propensa a pensar em paralisar a Segundona até que os fatos fossem apurados. A diretoria do Gama, de acordo com Ribeiro, também se mostrou solidária à movimentação nos bastidores para identificar os apitadores comprometidos.

Já o árbitro Sandro Meira Ricci disse que já havia acionado a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) para tomar providências sobre as acusações anônimas que recebeu. “Acho que toda denúncia deve ser investigada a fundo, e não falo da boca para a fora, até porque estou bastante tranqüilo quanto ao meu trabalho”, disse ele a oportunidade, que é natural de Poços de Caldas, Minas Gerais.
Sandro Ricci disse que jamais recebeu qualquer proposta ilícita. “
Minha resposta é clara e objetiva: se ouvisse em campo alguma desse tipo, relataria em súmula; se fosse fora, faria uma ocorrência policial”, garantiu. Demonstrando tranqüilidade e sem fugir de nenhuma pergunta, o árbitro disse que não tinha nenhum inimigo que pudesse conspirar contra a sua carreira.

Ele admitiu, no entanto, que em 2006 não fez uma boa arbitragem no confronto Anapolina x Barueri, em agosto. Na ocasião, o presidente do clube goiano, Ruiter Silva, o agrediu com um soco no rosto por ter marcado um pênalti considerado inexistente contra a equipe da casa. Pela agressão, o dirigente levou 360 dias de suspensão e mais pagamento de cesta básica.

Sandro Ricci não concorda que teve uma “carreira meteórica”, como chegou a dizer o jornal “Correio Brasiliense”. “Acho que minha ascensão foi compatível com o meu comportamento dentro e fora de campo.” Sandro Ricci, que é também servidor público federal, afirmou que não tem amizade com o ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol (Conaf), que o teria projetado. “O que tenho por ele é apenas uma admiração unilateral, não bilateral.”

O fato é que a Série B de 2007 seguiu com novas denúncias. O presidente do clube Santa Cruz, Édson Nogueira, entregou um dossiê com 13 páginas ao Ministério Público, no Recife, e também à Federação Pernambucana. Na denúncia, dizia que foi extorquido por pessoas supostamente ligadas a árbitros para arrumar resultados a favor do Tricolor. Números de contas bancárias e e-mails foram mostrados.

Em uma das mensagens eletrônicas aparece o nome de Paulo Jorge Alves, que seria da Comissão de Arbitragem da CBF. Mas o dinheiro deveria ser depositado no nome de Francisco Gaspar Neto.

Outra medida do departamento jurídico da Federação Pernembucana foi entrar com um pedido administrativo junto à CBF, solicitando o afastamento preventivo da Comissão de Arbitragem.

O responsável por tentar solucionar os fatos foi o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF,Sérgio Corrêa. “Enquanto não se comprovar nada, não há como fazer um julgamento. Vamos conversar sobre o assunto. Mas é claro que se ficar comprovado seria algo constrangedor”, declarou o dirigente da entidade que comanda o futebol brasileiro.

Naquele ponto do campeonato, o Santa Cruz já havia caído para a Série C, ao lado de Remo e Ituano. O quarto clube rebaixado sairia entre Paulista, Avaí, Santo André ou Gama.

Com a força da camisa 12, o Avaí de Alfredo Sampaio se safou em campo, jgoando bola e vencendo seus jogos. O resto ficou para a história, varrido para o esquecimento por presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa. Para não sermos injustos, lembramos mais uma vez que nada foi comprovado contra o Sr. Sandro Meira Ricci."

Uma "capivara" e tanto, não? Se considerarmos que o próximo jogo do Verdão é contra o time da Globo, digo, das massas e que vem em ascensão meteórica a caminho do G4. Seria muito legal para toda a mídia se o Mengão se classificasse para a Libertadores 2010.

Assim, caríssimos Palmeirenses, devemos repercutir o quanto possível esse tipo de informação, pois se o juizão estiver pressionado para não atrapalhar o Flamengo, nós estaremos pressionando do outro lado. A Torcida que Canta e Vibra não quer benesses da arbitragem, apenas jogo limpo!

2 comentários:

Luiz Felipe disse...

Que vergonha, seu Tito! Sempre ouvi choradeira de time que perde, botando a culpa no juiz. Mas por antecipação... é demais! Só palmeirense mesmo... É por isso que Mr. Adobe chegou e você não estava em casa: Deus castiga os maus perdedores!
Aprenda com um grande: Júnior

FLAMENGO, MINHA VIDA

No Flamengo eu cheguei, cresci, lutei, aprendi, me sacrifiquei. Ali me formei como homem e profissional. Tive paciência, fui ajudado e ajudei, dentro e fora de campo. Vi o clube crescer, evoluir, ser exemplo e também vi o descaso, a falta de amor, a recessão e o declinio.
Fui jogador, treinador e dirigente. Vibrei, conquistei, sorri e chorei, perdi e ganhei. Fui injustiçado e idolatrado.
Já fui Careca, Cabeça, Copacabana, Capacete, Maestro e Vovô Garoto.
Fiz amigos e pouquíssimos inimigos. Sorri vendo companheiros chegarem, mas também chorei vendo alguns indo embora. Discuti com jogadores, treinadores, preparadores, massagistas e até com o presidente. Com e sem razão.
Fui lateral, volante e meia. Joguei 10 minutos, depois 45, 90 e até 120 minutos num dia só. Fiz gol de direita, de esquerda, de falta e até de cabeça, de pênalti. De dentro e de fora da área. E para não faltar também fiz gol contra. Jamais tinha feito gol em final, mas de repente marquei dois numa única decisão.
Cometi pênaltis marcados e também não marcados. Falhei em gols dos adversários, mas salvei meu goleiro em cima da linha. Dei bicicleta a favor e contra meu próprio gol. Dei e levei soco, cotovelada, bico na canela e voadora. Levei pontos na boca, no supercílio, na cabeca. Mas ganhei muitos mais na tabela.
Fui responsável por muitas segundas-feiras de alegria e, gracas a Deus, por poucas de tristezas. Dei volta olímpica pelo mundo, no Maracanã, em Porto Alegre, em Montevidéu e, a mais importante, em Tóquio. Foi com Taça Guanabara, Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial.
E um dia também fui obrigado a jogar contra minha segunda pele.
Ganhei grana, perdi grana e abri mão de grana. Fiz bons e maus contratos, processei e fiz acordos.
Mas, o melhor é que fiz dos meus filhos flamenguistas de coração. A minha mulher, claro, sempre foi.
Isso tudo é só pra dizer que:
“Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo”. JUNIOR

Tito disse...

Amigão, Prudência e caldo de galinha não fazem mal para ninguém.
Acho admirável a paixão de um flamenguista pelo seu clube que, acredite, não é maior nem menor que a minha ou de qualquer torcedor de futebol.
Mas, se você já tivesse vivido a experiência de ver seu time ser sistematicamente prejudicado saberia como um Palmeirense se sente.
Como escrevi no post, não quero benesses, só jogos bem apitados. Se findo o jogo, o Flamengo vencer por méritos, ficar puto mas ter a certeza de que foi honesto.
Assim como foi em 1992, quando o Flamengo de Júnior veio ao Palestra, venceu e quando o camisa 5 do time rubro negro foi substituído, todo o estádio aplaudiu.

abs