Quando o indivíduo esquece alguma coisa que considera parte de sua vida três vezes em um intervalo curto de tempo, isso deve significar algo. Pode ser um sinal inconsciente de que uma mudança é necessária.
Minha bolsa não era um acessório, foi um elemento importante e funcional, por quase três anos. Prática para carregar documentos, dinheiro, cartões, chicletes, chaves e até o Palmeirinha, além de passar a segurança que não esquecia nada.
Contudo, a partir do momento que dei conta de que a tal bolsa estava me criando mais problemas do que conforto, resolvi largá-la. Me fazer andar dobrado três vezes em quatro dias é demais. Não importa se foram dois metros ou duzentas milhas, o importante é a repetição costumeira do fato em si.
Quando uma pessoa esquece sistematicamente de tomar um remédio, isso se deve ao fato de que o medicamento se tornou desnecessário. Assim, os fatos se tornaram símbolo de que, a tal segurança de ter tudo ali deixou de ser importante para mim. Desde ontem, quando tive que voltar ao supermercado, parei de usar a bolsa.
Agora tenho que comprar uma nova carteira, reconsiderar o fato de andar carregando meu passaporte para todo lado, já que, por aqui ninguém anda com documentos. Isso gera algumas indagações:
Porque isso deve ser tão importante para mim se não é para ninguém? Porque a necessidade de ter um documento que comprove minha condição legal, se nunca me foi pedido?
Chega de paranóia. Se acontecer um problema referente a identidade, ele será solucionado da melhor maneira possível, no momento. E tenho dito!
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