Poole's Sandbanks Hotel

Mal, sapão, mal. É a primeira vez que sinto a sensação de ter sido enganado por aqui. Compramos gato por lebre !!! O site do hotel é bacana e vende a imagem de um spa a beira mar, com serviço fantástico, entretenimento para crianças e tudo que você pode merecer em termos de laser, pagando uma pequena fortuna.

A realidade é outra. O Sandbanks cobra um caminhão de pounds e entrega um pires de conforto, laser e qualidade de serviços. Começando pela recepção. As pessoas fazem o check in e não aparece um empregado para acompanhá-las ao quarto e carregar suas malas. Ao contrário, a recepcionista fala para você pegar o elevedor e depois subir um lance de escadas.

Então tá, assim fizemos. Depois do elevador, as escadas e depois das escadas o que havia não era o nosso quarto e sim um labirinto de corredores e portas até chegarmos lá. Já no 323 vimos que a suíte nada tem de especial e a vista que era vendida no site como deslumbrante, era bem feinha. Ao invés de estar de frente para o mar, tínhamos vista para um canal, se bem que o pôr do sol foi um presente, da natureza e não do hotel, é bom que fique claro.

As acomodações, se não comprometiam, estavam longe de ser luxuosas. A televisão do quarto era uma velha convencional de tela curva. No site apareciam quartos com tvs de LCD !!! O banheiro era amplo e iluminado por grande clarabóia. Tinha banheira e chuveiro. O misturador de água para banho estava com a moldura que mostrava o quente e o frio solta, tornando a regulagem um exercício de paciência e muita sorte. Puro desleixo. Vale frizar que tecnicamente estávamos na suite mais cara do hotel.

Depois, fomos conhecer a recreação infantil, outro "serviço" que compramos no site. O que tinha por lá era um restaurante para as crianças e uma sala com uns poucos brinquedos. O playground era bacana, é verdade. Para cuidar dos pequenos, um monitor que não fazia nada para entreter, apenas falava !!! wow !!! para tudo que faziam. Fora o monitoramento zero. As crianças entravam e saiam da tal sala sem nenhuma supervisão. Resumindo, não dava para deixar a Valentina por lá e encher a cara olhando para o mar.

O único bar aberto durante o dia era o do terraço que dava para a praia. Três simpáticos atendentes tentavam servir a demanda de uns 200 aptos do hotel. Cervejas haviam de várias marcas, nada de Coca-Cola, só Pepsi. Eu adoro Coca e odeio Pepsi. Whisky? Só Famous Grouse, o mesmo que estragou a minha virada do ano. Fazer o que? Quem não tem cachorro, caça com gato. Pedi um duplo, em um pint cheio de gelo e uma água tônica "indian". Deu certo. A mistura ficou boa e refrescante. Confesso que estava um tanto preocupado com o que beber à beira mar longe das caipirinhas. Problema resolvido.

Dos três restaurantes que o hotel dispunha, um estava reservado para uma festa de não hóspedes. Em pleno bank holiday! Os poucos empregados que serviam, tinha que se virar entre atender aos hóspedes e aos convidados da tal festa. O hotel, teoricamente, oferecia serviços de praia. Não consegui descobrir nenhum. Tinha umas 20 cadeiras que alguns sortudos eu melhor informados, logo pegavam. Os outros chupavam os dedos. A piscina era no subsolo. Era escura e não tinha iluminação artifical, a claridade entrava por umas janelas que davam para o terraço.

No que eles consideravam o leisure centre, havia ainda uma pequena sala com aparelhos para musculação e uma sauna. A pessoa responsável pelo centro, ficava enfiada atrás de um balcão lendo. Quando perguntei por que a sauna estava desligada, o cara não soube responder. Chamou outro tonto que, também não respondeu. Depois de uns minutos ele olhou para mim e disse que achava que estava quebrada. Resumindo ao invés de pagarmos por duas escorchantes diárias no pulgueiro, pagamos apenas uma, pelo que não valia em um quarto do preço.