Hoje pela manhã eu tinha um compromisso em Queens Park, W10. A região não é novidade para mim, já andei por ali diversas vezes, na maioria para procurar cursos. Porém a rua onde deveria ir não me dizia nada. Sabia que se fosse de metro até Paddington e de lá pegasse a linha marrom, sentido noroeste, chegaria bem perto.
Mas, se eu fosse de metro, fazendo baldeação e tudo, levaria uns 40 ou 45 minutos. O grande lance é ir para essas partes de bumba. Assim, entrei no site da Transport For London e busquei opções para o meu destino. A que me pareceu melhor era pegar a linha 32, até o ponto final em Westbourne Park e de lá andar um pouquinho.
E assim foi, por precaução tentei imprimir o mapa, só que depois que a Valentina começou a brincar no computador, a cada dia uma coisa aparece desconfigurada. Hoje foi a impressora. O mapa começou a sair enorme. Não teve jeito. Levei apenas as indicações das ruas em que deveria andar e como eu tenho um mapa sempre comigo, deduzi que não haveria problema.
Cheguei muito rápido no ponto final do ônibus e começei minha caminhada a pé. Logo depois, já estava necessitando do mapa. Para minha alegria, o mapa que tenho e uso regularmente, é feito para turistas, só traz a região central, aí me atrapalhei todo. As indicações que trazia comigo, seriam perfeitas, só faltou um detalhe. Não sei se é por causa das reformas de fachada que pupulam por toda a cidade ou se é desleixo do Council, o fato é que, as ruas têm péssima sinalização. Várias esquinas não trazem o nome da rua e descobrir um caminho passa a ser um exercicio de sorte.
Acabei chegando em um lugar muito familiar e pitoresco, para não dizer esdrúxulo. É uma pracinha miúda e há quatro meses, na primeira vez que passei por lá, já estava em obras. Dá para perceber que alí existiu um jardim e também bancos. No meio da praça onde poderia estar um monumento, na verdade o que se vê é um simpático banheiro preto e dourado, imitando a arquitetura vitoriana. Deve ser por isso que a reforma nunca acaba. Estão sempre obrando por lá !
Enfim, o lugar é familiar, divertido e tudo, só que eu não lembro exatamente por que andei ali, quantas vezes e para onde fui. Resumindo: é uma referência nula. Eu tinha que achar a Harrow Rd. para ir a uma de suas travessas. Sabia que estava perto, só isso. Escolhi um lado. O errado, claro. Andei um tanto e percebi o engano, voltei até a pracinha. Parei. Como é uma encruzilhada, eu tinha quatro opções, ou melhor três, afinal, já tinha errado uma.
Segui o vento, fui para a direita. Se vento fosse bom conselheiro e levasse no caminho certo, não teriam inventado barcos à vapor. Errei outra vez. Aí parei um pouquinho pára pensar. Existiam duas possibilidades ainda, ou seja, uma certa e outra errada. O saco já estava deveras inflado de ficar andando como barata tonta. Como havia 50% de chance de erro em qualquer caminho que eu escolhesse, optei pelo terceiro. Fui para a estação de Westbourne Park do metro e peguei um trem para Royal Oak, uma estação que tem a saída, na própria Harrow Rd. Desci, andei mais ou menos uns dez minutos e cheguei ...
Na pracinha da privada. Parece brincadeira, mas a falta de uma placa me fez andar esse tanto. Eu poderia ter perguntado pra alguém, eu sei. Mas, a teimosia me empurra a tentar fazer sozinho e ter a sensação de êxito só para mim. A de fracasso eu jogo na conta do vento e das placas!
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