sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Homem que Cospe Pérolas

Continuando a minha saga de zombar de Jarbas Vasconcelos, o puro. Pesquisando no Google achei um interessante texto, no blog da Rádio Liberdade. O post, foi parcialmente copiado da matéria "Garçom, procura-se", escrita por Urariano Mota, para a edição 537 da Carta Capital.

Assim como o autor que, narra sua epopéia pelos restaurantes do bairro de Brasília Teimosa, em Recife, a procura de um certo restaurante, eu continuei minha saga por descobrir onde originalmente foi publicada a pérola jarbasiana que apresentarei a seguir.

Fui ingênuo. Como a fala do senador é contra o Bolsa-Família, para que procurar em blogs ou na CC? Dou uma bala juquinha para quem adivinhar onde foi publicada. Quem diria !!!! Na Veja !!! Leiam, por favor:

“Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar. Esse é um retrato do Bolsa Família”.

Que beleza, senador. Então, o governo do Brasil está conseguindo criar uma geração de vagabundos que desistem de pegar na picareta para viver às custas do BF? É verdade, deve ser muito mais confortável viver com um benefício de R$ 95,00 por mês para cada um deles.

Ou seja, o garçom trocou seu emprego, as gorjetas polpudas, abandonou um restaurante bacana, que recebe até políticos renomados, por R$ 190,00 mensais e pelo prazer de coçar o saco de frente para o mar.

Além de um tanto fantasioso, o conto contado pelo contador, que adora falar e, nunca diz quem, quando e onde, parece carregado de um certo ranço do coronelismo. Acho que se trata de algo como: "Como é que o criado resolveu ir embora? Ele nasceu para me servir !!!

Jarbas, Jarbas, Jarbas. A opção sombra e água fresca do seu amigo garçom não retrata o Bolsa Família. Na verdade o cara não aguentava mais você. Como pôde frequentar o local, por tanto tempo e nunca deixar nem uma moeda pelos esforços do empregado?!? Mês após mês, nos últimos trinta anos, foi duro trabalhar sem o devido reconhecimento. Por isso que ele preferiu virar vagabundo.

Tentei em vão confirmar a entrevista no site da revista. Não deu certo. Quando coloquei na busca o nome e bolsa família, só apareceram nos resultados, cartas elogiosas ao nobre parlamentar. Então, continuo vendendo o peixe alheio.

Nenhum comentário: