Já dizia o sábio criador da Nação Zumbi. Mas o quê pode estar mais do alto do que um Santo? O nosso santo, São Marcos de Palestra Italia. Há exatos dez anos, nós, seus devotos começamos a conhecer seus milagres. Feitos heróicos de mãos mágicas.
A natureza lhe deu uma habilidade extraordinária. Sua família o educou para ser simples e sem vaidade. A vida deu-lhe oportunidades fantásticas. Ganhou vários títulos pelo Palmeiras e pela Seleção Nacional. O destino colocou no seu caminho Carlos Pracidelli, o seu guru. Em contrapartida, cobrou muito, também. Penalizou sobremaneira seu corpo, deixou-o muito tempo sem poder trabalhar. Pior ainda, colocou Mustafá no seu caminho, e este mandou o campeão mundial aos mais remotos campos do país para disputar a segunda divisão. Recentemente, levou Carlão para o Chelsea.
Os céticos e os cínicos decretaram, há muito, o final da sua carreira. Não faz muito tempo, um pouco mais de um ano, era chamado de "bichado". Só o Santo e seus fiéis não desistiram. Até quando estava fora de combate, seu nome era gritado nas arquibancadas do Palestra.
2008 foi um ano inesquecível para São Marcos. Não por milagres praticados, mas por possibilidades. Marcão teve a oportunidade de descobrir que ainda era o melhor goleiro do Brasil e, principalmente, depois de anos conseguiu fazer uma temporada sem contusões.
Começa o novo ano. Marcos e o Palmeiras voltam a disputar uma Libertadores. A vida porém apresenta, de cara, o carnê de cobrança. Mas já? Nem bem começava a temporada e o Santo apresentava algumas contusões musculares. Marcos pacientemente pagou a conta adiantado.
Hoje recebeu o que o destino lhe devia. Foi dada a oportunidade de mostrar que São Marcos ainda existe. Mais uma vez, o Santo calou um estádio. Assim como já fizera em São Paulo e no Mineirão. O Idolatrado, por seus fiéis, continua escrevendo o seu capítulo na história do futebol.
Por justiça, não é apenas o herói da torcida do Alviverde Imponente. O Melhor Goleiro do Brasil têm a simpatia até de torcedores adversários. Não só pelo que fez, e continua fazendo dentro de campo, mas principalmente por seu jeito de ser.
Ser bom não é difícil. Ser ídolo é relativamente fácil. Manter-se simples, depois de ter feito muito sucesso, é bem difícil. E ser São Marcos é uma benção! Na tradição de goleiros da escola de Oberdã Catani, muitos foram fenomenais, importantes, ídolos e adorados, mas só São Marcos é tão amado. Será, enquanto estiver no futebol, nosso porto seguro e depois, quando pendurar as luvas, terá todo o nosso respeito e nossa eterna gratidão.
Porque jamais haverá outro Santo para ocupar nossos corações. Os privilegiados que tiveram, e ainda tem, a oportunidade de vê-lo jogar sempre repetirão: Santo é e será sempre, o único, Marcos Roberto Silveira Reis, o São Marcos de Palestra Italia.
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