Fico imaginando a reação da comunidade internacional, leia-se das potências mundiais, se o governo do Irã mantivesse alguma embaixada sob cerco. Acredito que o conselho de segurança da ONU ficaria em alerta permanente e, provavelmente, o Golfo Pérsico seria pequeno para a quantidade de navios de guerra da "armada do bem" que estariam se dirigindo para a região. Com certeza, não faltariam chanceleres, presidentes, primeiro-ministros, reis, rainhas e o capeta berrando aos quatro cantos que o incidente é uma declaração de guerra ao mundo livre e blá-blá-blá.
Mas a verdade é que a afronta está acontecendo em Honduras, uma republiqueta de bananas da América Central, onde um governo golpista de direita está há mais de noventas dias no poder, substituindo um governo legítimo. O mundo critica o golpe dos oligarcas por meio recadinhos, nada de sanções, ameaças de invasão ou coisa que o valha. Meu amigo Marco escreveu no DoLaDoDeLá, ainda hoje, sobre o silêncio dos americanos no caso.
A máxima de "quem cala consente" não vale apenas para Washington. É igual o comportamento em Londres, Paris, Berlin, Tokyo e Moscou. Ou seja, a aprovação velada a Michelleti e sua cambada. Bastará a confirmação de eleições, para todos dizerem que a ordem voltou a reinar em Tegucigalpa e legitimar a atitude dos golpistas.
Evitei entrar neste assunto porque posso parecer um tanto radical. Vejo como esgotadas as possibilidades de negociação. O fato da delegação da OEA ter ficado impedida de entrar no país elimina qualquer outra via diplomática. Chegou o momento de combater ignorância com ignorância. Belicismo com belicismo. Mostrar os dentes para ver até onde vai essa petulância toda. Mas isso é só a minha modesta opinião.
2 comentários:
Tito paz e amor na versão heave metal. Você mudou, heim amigão. E pra melhor! Só o palmeiras, que, oras, deixa pra lá, ninguém é perfeito.
KKKK
bjo
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