quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AdultHood

Ontem à noite, encarei uma produção de Noel Clark, o mesmo que escreveu e co-dirige 4.3.2.1. Adulthood é considerado por aqui a afirmação de Clark no universo cinematográfico britânico. Ele também escreveu e dirigiu essa película de 2008, além de ser um dos protagonistas. Noel hoje é cotado como um dos grandes.

Por que eu assisti? De fato, não tinha grandes expectativas, apenas queria entender o "mundinho" das pessoas com quem convivi na semana passada. Participar de filmagem é uma coisa, ver um trabalho pronto, é outra.

Estava curioso pelo fato de sentir nos outros extras que a proximidade com o roteirista/diretor, ou com o ator Adam Deacon os deixava perto do céu. Eram jovens que viam nesses outros dois jovens a personificação do sucesso. Mais ou menos como o garoto brasileiro da favela que vê um semelhante virar astro do futebol.

Mas vamos ao filme. A fotografia é muito boa. Britânica, em seu melhor estilo. Em alguns momentos vira video clip, na medida exata para seus consumidores. O som, acredito que também. A trilha é basicamente feita de RAP, Só que não dá para assistir sem o controle remoto na mão. Em certos momentos o volume fica exagerado e o espectador precisa abaixar o som.

As atuações são boas. Noel passa a impressão de que pode fazer qualquer personagem que lhe proponham. Deacon, não. É o bad boy que anda e fala como malandro. Não é coincidência ele fazer o mesmo tipo em 4.3.2.1. O restante do elenco, tem o mesmo tipo de atuação, exceto Scarlett Alice Johnson que, parece ter mais base.

No roteiro, as referências são North Kensington, Ladbroke Grove, o final da Portobelo Rd, a linha pink do metrô, passando por Hammerschmidt e Candem. Porém quando entra na estória, propriamente dita, a coisa pega. com quinze minutos de filme, você tem a impressão que perdeu a primeira hora e que não vai conseguir mais entender a trama.

Esse filme é uma continuação e se passa seis anos depois do final de Kidulthood, de 2006. Assim, nada se explica muito bem. Clark usa alguns curtos flashbacks que, não alcançam o objetivo. Isso compromete, e muito a qualidade da obra. Resumindo, não deve ser visto por quem não assistiu ao primeiro.


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