Porque alguém ainda dá espaço para Alan Greenspan reverberar suas bobagens? Para quem não sabe, o tal sujeito ficou quase vinte anos no comando da economia americana. O máximo que conseguiu nesse período foi maquiar a verdadeira situação; O declínio econômico e a falência do American Way of Life. O legado do caduco foi passar a conta da crise do sistema financeiro norte-americano para todos nós pagarmos.
Aí um programa sobre economia da BBC que, devia estar sem pauta, resolve trazer a múmia do mundo dos mortos. Contudo, nenhuma opinião do tiozão démodé que, pegou emprestadas as orelhas do César Cals, merece ser guardada. Deu uma de profeta do óbvio: “Haverá outra crise financeira mundial” - Ah, vá ! Quando, my friend? Porque? Isso ele não responde. Prefere sacar uma filosofia de boteco e divagar sobre a natureza humana.
O pior. É provável que hoje, várias donas de casa britânicas estejam estocando alimentos e guardando moedas em baixo do colchão, esperando a prometida crise começar.
De qualquer maneira, segue abaixo a matéria da BBC Brasil sobre o programa. Antes disso, deixo minha sugestão de pauta para os produtores da emissora; Se for para ouvir um palhaço, convidem o Bozo. Ele é mais divertido !
Mundo sofrerá nova crise financeira, diz ex-presidente do Fed
Em entrevista à BBC, o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan afirmou que o mundo sofrerá outra crise financeira.
“A crise acontecerá novamente, mas será diferente”, disse Greenspan ao programa Love of Money, da emissora BBC Two.
Segundo ele, a nova crise viria como uma reação a um longo período de prosperidade.
De acordo com Greenspan, apesar de levar tempo e de se tratar de um processo difícil, a economia global eventualmente irá “superar” a crise.
Alan Greenspan foi o presidente do Fed por 18 anos, deixando o cargo em 2006.
Durante esse período, era considerado uma das pessoas mais influentes do mundo, já que suas decisões a respeito da condução da economia americana afetavam diretamente todo o sistema financeiro global.
Uma das maiores críticas feitas a Greenspan é que ele manteve as taxas de juros americanas baixas demais por um tempo excessivo, facilitando a oferta de crédito e, assim, alimentando a bolha imobiliária que está na raiz da atual crise.
As declarações do ex-presidente do Fed coincidem com o aniversário da quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, que desencadeou a atual crise financeira global.
'Natureza humana'
“As crises financeiras são todas diferentes, mas todas têm uma fonte fundamental”, disse Greenspan.
De acordo com ele, essa fonte seria a “insaciável capacidade dos seres humanos quando confrontados com um longo período de estabilidade de presumir que esse período continuará”.
Segundo o economista, o comportamento faz parte da “natureza humana”.
“É a natureza humana, até que alguém encontre uma forma de mudar essa natureza, teremos mais crises e nenhuma delas será como essa porque nenhuma crise tem algo em comum com a outra, além da natureza humana”, afirmou.
Greenspan afirmou ainda que a crise atual foi desencadeada pelas negociações das hipotecas subprime nos EUA, quando empréstimos foram liberados a pessoas com histórico ruim de crédito, mas ele afirmou que qualquer outro fator poderia ser o catalisador do problema.
“Se não fosse pelo problema dessas dívidas podres, algo teria emergido mais cedo ou mais tarde”, disse Greenspan.
Apesar disso, o ex-presidente do Fed afirmou que a crise atual é “um evento que ocorre uma vez por século” e que ele não esperava testemunhar um evento como esse.
Riscos
Greespan alertou também que as instituições financeiras deveriam ter observado que uma crise estava a caminho.
“Os banqueiros sabiam que estavam envolvidos em um risco de subavaliação e que em algum ponto uma correção seria necessária”, disse.
“Eu temo que muitos tenham pensado que seriam capazes de identificar o estopim da crise em tempo de sair fora”, afirmou Greenspan.
Recuperação
O ex-presidente do Fed fez algumas recomendações para prevenir uma nova crise financeira.
Segundo ele, é necessário que financistas e governos procurem combater a fraude e aumentem os requisitos de capital para os bancos e recomendou ainda uma maior regulação do sistema bancário.
O economista advertiu ainda que qualquer medida que vise o caminho para a recuperação econômica deve se afastar do protecionismo.
“Não há como ter livre comércio global com mercados domésticos muito restritivos ou regulados com muita rigidez”, afirmou.”
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