Quase Passou Batido ...

Na segunda-feira o expatriated completou um ano! A primeira postagem foi sobre a minha festa de despedida que, na verdade, foi duas semanas antes da viagem. Naquele primeiro post, reinava a frustação pela baixa presença dos meus amigos d'outrora.

Sinto muita saudade dos meus amigos, mas aprendi a criar novas relações e tenho gratas surpresas. Não ver meu Palmeiras de perto é horrível. Contudo não devo reclamar, já que posso assistir os jogos pelo computador. E o que escrever da minha família? Quase um ano sem ver minha mãe, irmãs e irmão, sobrinhos, tias, tios, cunhados e etc! Entretanto, a felicidade de poder ficar umas poucas semanas junto com os meus dois filhos, ajuda muito.

Nos primeiros dias por aqui algumas diferenças culturais me incomodavam muito. Mulheres que, por força da religião, não dirigiam a palavra a um desconhecido e, assim, nunca pediam desculpas. Tinha ainda o lado professoral dos britânicos, sempre prontos a passar um pito e mostrar o quanto você estava errado. Outra coisa que me tirava do sério eram os imigrantes mais adaptados, que aproveitando a ignorância dos recém-chegados, descarregavam seus recalques. Como trote de faculdade.

No começo a chuva era um inferno, o frio, idem. Bastou uma semana na Normândia, França, para eu rever meus conceitos. A adaptação foi muito boa e rápida. Posso escrever, sem medo de mentir, que as mulheres que não se desculpam já não incomodam. Minha nova proposição é: religiosos para lá e eu para cá.

Se levo esporro de inglês, agradeço. Entra por um ouvido e sai pelo outro. Quando um forasteiro recalcado ainda insiste em encher o saco, mando um: "wha'ever" - É uma forma polida de dizer : "Vá tomarzis no forévis", para aproveitar o Mussum Day.

Realmente me transformei em um ser mais tolerante. Ou quite tolerante. Ontem, o Vinicius me chamou para ver, no Youtube, um quadro do Pânico que ele acha engraçado. Me aparece um tal de Zina, de camisa do curíntxa e cabelo descolorido. Aí já é demais!