quarta-feira, 1 de julho de 2009

#forasarney

Que papelão! A começar pelo oportunismo político que a impren$inha deu para o caso, como sempre. Mas nem vou entrar nesse mérito agora. O tal #forasarney, suposta manifestação oriunda das profundezas da internet, virou uma palhaçada. Seria justa se fosse indignação, e até legítima se fosse verdadeiramente política, mas de política não tem nada.

Não reflete absolutamente nada a não ser um desejo enorme de fazer auto-publicidade. É só fuzarca de um bando que se demonina Piratas do Twitter, uma mistura de personagens humorísticos e de filhinhos de papai que, aproveitaram o ensejo para fazer piada com a situação, brincar de colocar a boca no mundo, pedir a cabeça do Presidente do Senado e se fazer lembrar.

Vale colocar que a tal milícia começou a se organizar depois do #chupa que o ator Ashton Kutcher levou por torcer online para a seleção americana de futebol no jogo de domingo. Como foi um sucesso e repercutiu, os perigosos e engajados revolucionários resolveram aparecer. Aproveitaram que a impren$a já tinha eleito o judas do mês e foram no embalo.

É a estória do jacaré. Todo mundo morre de medo do réptil mas se aparecer um banguela e, de preferência dopado, ficam corajosos e fazem fila para colocar a boca dentro da cabeça dele e pedir para os amigos tirarem fotos. O tal movimento do Twitter é a mesma coisa. Apareceu para pegar o moribundo da vez e tentar chutar a bunda dele.

Mas, preguiçosos que são, tentaram passar a responsa para o cara mais popular do Twitter, o marido da Demi Moore. Sabedores de que Kutcher é um presepeiro de primeira e adora um sarrinho, esperavam que ele entrasse na brincadeira para fazer o serviço deles. E de quebra, colocar a disposição o séquito de dois milhões e meio de seguidores que carrega na rede de relacionamentos. “Serviço feito” - devem ter pensado os sabichões - “O Sarney vai levar mais de três milhões de “foras” por conta da popularidade do ator americano”.

Se assim fosse, os guerrilheiros com seus Vaios mortais, só precisariam levantar de suas confortáveis camas para aparecer nos programas de TV e colher os louros do sucesso. Mas, o tiro saiu pela culatra, pois o gringo falou que política é coisa séria e deu um passa moleque neles.

Pior que o carão a molecada ainda vai ter que administrar o fracasso. Agora o assunto mais relevante no Twitter, quando você procura “forasarney” é repetidamente esse: "A onda do momento é mandar um SMS com #foraSarney para o celular do Bruno Gagliasso." O que apenas demonstra que não existe nada de protesto nessa porra, é só molecagem. Isso que dá crescer vendo Xou da Xuxa.

Se não for o suficente, outras pessoas que aproveitam a ocasião para fazer sua politicagem rasa no vácuo dos Piratas do Twitter lançaram um site forasarney que tem assombrosas 8.200 assinaturas. Para fazer um parâmetro do poder de influência da rapaziada, o site foraluxa que a torcida do Palmeiras fez teve mais 61.000 chamegões. Ou seja, os velhos bucaneiros de Playmobil do meu tempo são capazes de causar mais que esse monte de playboys!

Depois dessas senhores: Júnior Lima, Bruno Gagliasso, Marcos Mion, Tico Santa Cruz, Rodrigo Scarpa, Rafinha Bastos, Pedro Neschling, Marco Luque, Felipe Solari e demais, vão à merda.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Tito, só hoje, 4 de julho, caiu a ficha desse post. Não sabia da gafe dessa turma, os mauricinhos da era internet.
Hoje, abro a porta de casa e me deparo com um exemplar gratuito da revista Época. A tarde fui dar uma folhada nesse lixo e o texto que reproduzo abaixo:

Os patetas do Twitter
O ator Bruno Gagliasso, o cantor Júnior Lima e o apresentador Marcos Mion pagaram na semana passada o maior mico da história do Twitter no Brasil. Sabe-se lá por que resolveram convencer o ator americano Ashton Kutcher, o twitteiro mais popular do mundo, a entrar na campanha Fora Sarney. Receberam de volta uma improvável e ríspida aula de civismo on-line: "Só vocês tem o poder de afastar seu senador. É o seu país. Eu não tenho voto". Deu vergonha.

Essa deve ser a versão Twitter do Cansei. Os otários sifú.
abs
F.Tatú