sexta-feira, 12 de março de 2010

Um Pequeno Alento

Foi uma semana assombrada por fantasmas do passado recente. Onde ainda, o presente nos presenteou com o assassinato do grande cartunista Glauco e futuro também insistiu em mostrar uma cara sombria. O resultado pôde ser observado pelas poucas postagens. Vídeos e olhe lá. Contudo, o que tinha tudo para ser o pior período vivido por mim aqui, virou como em um passe de mágica.

Voltava de Covent Garden, após mais uma jornada infeliz. Sem muito destino fui andando por Oxford Street. O tempo começava a fechar. Liguei para Jojo. Era uma opção para não comer só. Nesses últimos dias, o cowboy solitário anda carente de companhia e distração.

Jojo estava em classe e não atendeu. Percebi que comeria só. Pensei no McDonalds próximo de Poland St. e para lá segui. Umas três quadras antes, vi uma bandeira brasileira. A placa logo abaixo anunciava um bar tupiniquim na sobreloja. Pensei em coxinha e subi.

Não havia coxinha. Mas ali serviam almoço por quilo. Cada 100g por £1. Fui ver o menu. Umas saladinhas básicas, dois tipos de arroz, strogonoff, batatas fritas e feijão preto com linguiça. Foi o suficiente para arrancar um suspiro de felicidade. Para quem pensava comer um Big Mac, uma pratada de arroz, feijão e farinha não seria nada ruim.


Comi com gosto. Não que fosse a oitava maravilha da culinária brasileira, mas faça-se justiça; O feijão era muito bem temperado. Com direito a louro no prato e tudo mais! Ainda sobrou espaço para um segundo prato, esse só com salada. Tomates, alface e rúcula.

Como em qualquer restaurante por quilo, passei no caixa para ir embora. Peguei um Sonho de Valsa e paguei meu almoço. Pela comida, uma Coca-cola e o bombom paguei £6.

A volta para a Ox St. foi o retorno à realidade londrina. Chovia e ventava. Isso não foi suficiente para estragar o almoço. Espero que seja um presságio de que as coisas irão melhorar. Ventos de boreste que tornem mais dígno o final de minha passagem pelo velho mundo.

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