quarta-feira, 3 de março de 2010

Emirates, 2 de março de 2010 ...

Prólogo: Bebendo Com o Inimigo

A terça-feira estava repleta de comprimissos em Harlesden para mim. Assim, fui de lá para o estádio, junto com meu amigo Ollie. No caminho da estação, uma parada em um pub irlândes para uma rápidinha.

Ollie comentou com o dono do butiquim que estava indo para o jogo. O tipo olhou para mim e disse que seria 7X0 para a Irlanda e que era melhor eu jogar meu ingresso no lixo. Deve ter sido a evaporação do álcool atrás do balcão!

A viagem no metro foi rápida e por uma via diferente. Das outras vezes tinha ido pela Piccadily Line, via Holborn até a Arsenal Station. Dessa vez, fomos pela Victoria Line e descemos em outra estação. Finsbury Park.

Fiquei surpreso com a pequena movimentação de torcedores no metro. Nem parecia que estávamos indo para o estádio.

Em Emirates

O estádio do Arsenal é o único onde é preciso passar por revista quando se está com uma mochila. Acho natural, vista que, até nos museus a segurança pede para olhar as bolsas e sacolas. Mas porque cargas d'água é só lá que acontece isso?

A entrada é rápida e sem filas nas catracas. A sinalização no piso inferior é bem feita. Upstairs a coisa pega. São umas 50 portas de acesso ao campo. mas a sinalização não mostra onde começa e onde termina. Isso, somado a minha falta de noção sobre o caminho,  nos custou uma volta completa no anel superior.

Chegamos a porta 133 quando começava a tocar o hino nacional da Irlanda. Enquanto tirava o bandeirão da mochila e amarrava, o hino brasileiro começou a tocar. Aí o bicho pegou!

O vídeo está com a qualidade bem sofrível, mas vale pelo registro da truculência dos seguranças do Arsenal. Os caras, mais uma vez, me proibiram de pendurar minha bandeira do Verdão no estádio e enfiaram a mão na minha câmera enquanto eu filmava isso:


O futebol está ficando um saco. Quanto mais vou ao futebol por aqui, menos vontade tenho de ir! Como já escrevi em outras oportunidades, a segurança nos estádios é particular. A polícia só organiza o trânsito e protege o entorno. Os seguranças normalmente são educados. Este foi um caso isolado.

Não foi por conta da cor dos meus olhos. A Mancha Londres passou pelo mesmo problema ...


...  e teve que estender sua faixa e sua bandeira bem longe das câmeras de TV


Outros Palestrinos tiveram sorte melhor ...


O público dentro do estádio confirmou a impressão que tive no caminho. No máximo uns 20.000 espectadores, com uma ligeira superioridade de brasileiros. Os irlandeses ainda sofrem com a ressaca da mão do Henry.

Sobre o joguinho meia-boca, nada que valha muito a pena escrever. Time desentrosado e desmotivado e um adversário fraco.


Epílogo: Bebendo Com o Inimigo

Após o jogo, Ollie eu fomos para o Soho comer. Mais especificamente, para Chinatown. No caminho, mais uma parada para molhar a garganta e outro pub irlandês!

O clima estava muito bacana, divertido. Uma banda tocava hits dos 80's e se podia ver gente com camisa da Irlanda e do Brasil dançando no mesmo espaço. Tudo muito civilizado.


No chinês, pedimos um prato de carne e outro de frango. A carne estava boa, mas o frango era picante de fazer os olhos lacrimejarem. 

Passado isso, andamos até Oxford Street, onde pegamos um ônibus para Notting Hill.

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