Tiros no Pé

Mesmo ainda em avançado estado etílico, vou fazer um rápido comentário sobre o affair Lina Vieira. Faço isso inspirado no post do Marcão de hoje. Até a Valentina, minha filha de quatro anos, que não sabe ler e mora em Londres, portanto, não está recebendo as informações da impren$inha tupiniquim, sabe que as denúncias da ex-Receita Federal são puramente políticas e não comprovadas.

Não vou nem comentar a performance do jornalismo formal no evento, deixo para outra hora. O que eu quero registrar é a falta de tato da oposição. Os caras ainda acreditam que esse joguinho de escândalos e factóides vai reverter em algo positivo para eles.

Não faltaram tentativas nos últimos oito anos. A oposição capenga, que só sabe ser governo e não tem a mínima idéia de como se portar quando fora do poder, tentou fazer o mesmo tipo de pressão que o PT fazia quando não era governo. Coitados. Não sabiam nem por onde começar. Assim partiram pelo atalho do jogo sujo, apoiada pela impren$inha vendida, sempre pronta a fazer o serviço com a mão do gato. Apesar de todo esse apoio massivo dos meios de comunicação, deram com os burros n'água.

Demoraram para perceber que Lula é um fenômeno popular nunca visto antes no Brasil. Mesmo sendo massacrado durante seu primeiro mandato, foi re-eleito e passou por tudo de rabo erguido. Os oposicionistas, ao invés de apresentar algo inovador para o país preferiram seguir no mesmo caminho de escândalos fabricados para tentar matar qualquer candidatura apoiada pelo atual presidente.

Ainda não se deram conta que, podem atacar Dilma Roussef até não aguentarem mais, o máximo que vão conseguir é queimar uma pré-candidata, nada mais do que isso. Dilma não é um modelo de política com forte apelo popular capaz de criar individualmente problemas para a campanha tucana. Então de que adianta bater nela?

Se alguém tem capacidade e lastro político para eleger o próximo presidente, esse alguém é Luis Inácio. Lula é o diferencial, o grande cabo eleitoral governista para fazer o sucessor e está além do bem e do mal para a maioria do eleitorado brasileiro. Então, se não for a Dilma, o candidato pode ser a Marta, o Mercadante, eu ou uma batata.

Modestamente, aconselho aos tucanos que começem a elaborar um grande plano de governo e passem das tramóias para o debate político, como faziam no tempo de FHC. Possuem uma boa retórica, quem sabe necessitem torná-la apenas mais popular. Combatam o fenômeno LILS com idéias, façam política e abandonem a forma rasa com que tem levado seu projeto de poder nos últimos tempos, sob pena de, de tanto atirarem nos próprios pés, se tornarem incapazes de caminhar até o palanque.