sábado, 20 de junho de 2009

Fritando os Culpados - Última Parte: É Hora de Virar a Página

Vou esgotar o assunto. Não vai adiantar nada ficar repisando o descontentamento com o departamento de futebol do Palmeiras. Se a direção prefere seguir no mesmo rumo, que façam. Partiram para a jornada sem bússola e sendo guiados por um cego. Optaram por seguir perdidos. Azar nosso.

Entendam, isso não significa apoiar o estado de coisas, muito pelo contrário, é o protesto resignado de alguém que bradou no deserto.

Paro de criticar. Só que, ainda espero uma atitude dígna de nosso presidente. Que venha a público, convoque uma coletiva e fale diretamente para a sua torcida. Não através de um ou outro meio de comunicação. Que argumente e pare de trocar farpas, em público, com alguns poucos torcedores uniformizados...............................................................................................

Que cesse, ainda, de ficar apregoando não ter medo de morrer, de ter enfrentado a ditadura militar e quetais. Isso, fica bem na boca do treineiro meia-boca e egóide que, vai continuar a desguiar o Palmeiras. Definitivamente o atual comportamento, “Sois Rei? Eu sou”, não combina com o espírito do homem de idéias que sempre admirei.

Aguardo explicações do porque Osmar, por exemplo, que não é pior do que Obina, não serve para o Palmeiras, mas o pobre ex-jogador do Flamengo, que não tem culpa por sua grossura, serve. Ou ainda, porque Gustavo foi embora para a chegada do limitadíssimo Marcão.

Poderia, Gilberto Cipullo, participar da tal coletiva e dizer por qual motivo, um clube que está na penúria, mantém uma série de jogadores profissionais e assalariados, treinando com o time B. A maioria dos “encostados” foram contratações feitas por ele, Vice de futebol, em 2007.

Cipullo, o mesmo que ao invés de assumir os erros do departamento sob sua responsabilidade, ou pelo menos, pensar neles, findo o jogo da eliminação saiu dizendo que faria protesto na CSF contra a arbitragem. Como se as causas da eliminação fossem fatores externos. Macaco, olha o seu rabo!

Como torcedor, consumidor, patrimônio do clube ou que quer que eu seja, vou esperar tal atitude magnânima, de alguém que chegou a presidência da SE Palmeiras nos ombros da torcida.

Para finalizar, um perfeito texto do brilhante Ademir do Castellari, do Forza Palestra:

19/06/2009

Acho que é isso

Recordo-me como primeiro título comemorado aquele com o gol de Ronaldo e com o Morumbi lotado de rivales. Aquele nosso título expulsou o maior jogador rival daqueles tempos para o Rio de Janeiro.

Tinha eu 8 anos de idade. Confesso que o título de 76 não me é claro, apesar do brilhante Jorge Mendonça, mas títulos por sobre o maior rival são marcantes.

Depois veio a década de 80. Seca! Times ruins, promessas de títulos, e nada. Minha adolescência, mesmo vivendo longe da capital foi construída – em relação ao meu amor ao Palmeiras – à base da confiança e da decepção.

Perda do título nacional frente a um time do interior (Guarani), perda de um título paulista frente a um outro time do interior (Inter de Limeira), time medíocre sendo apontado como aquele que estouraria no campeonato seguinte. Éramos, sempre, apontados como “o time”. Nós, os torcedores, acreditando; afinal, o Palmeiras é o maior vencedor do século XX.

Abrindo aspas para fechá-las ao final da idéia, isso me lembra um período muito triste da história nacional. Sob os louros de um passado que para muitos fora glorioso planejávamos um futuro infinitamente mais vitorioso, mas para isso tínhamos que acreditar cegamente no futuro, pois esse seria o país do novo tempo. Bastaria que esperássemos o bolo crescer para que pudéssemos reparti-lo.

O bolo cresceu, mas não foi repartido; a decepção campeou, e a paciência se esgotou. As mudanças vieram e a democracia voltou. Não vieram mudanças através de traumas, de rupturas, mas – aos poucos, como sempre nesse país - as mudanças se instalaram. As mudanças vieram, apesar das turbulências, das reclamações, das greves, dos confrontos, dos mortos, dos feridos; da situação, da oposição... Somos uma democracia; há – queiram ou não – uma repartição daquele bolo, o mesmo que por anos esperamos por ser dividido, mas que parecia que nunca o seria. Fecha aspas.

Quanto ao Palmeiras, veio a gloriosa década de 90, e eu já próximo aos 30 anos. Títulos, vitórias... Parecia que nunca mais sairíamos do topo do Olimpo. O Palmeiras voltara a ser grande. Mas, o sonho acabou: segunda divisão, humilhação, bom e barato, ditadura... O fundo do poço.

Esse, o fundo do buraco, por incrível que pareça, cada dia estava mais longe. Quanto mais afundávamos, mais não avistávamos o fundo. E assim, mais uma década foi perdida, mais promessas, melhores times que nunca vieram...

Em 2008 rompe-se um ciclo de obscuridade; surge um grupo que nos promete o futuro, aliás, nos prometeram a volta a um passado de glórias, de títulos... Vitórias, alegrias! Tudo parecia caminhar para o despertar do gigante adormecido; o Palmeiras voltaria a ser grande, o Palestra despertaria finalmente.

Mas, como sempre, o sonho durou pouco. Novamente nos pedem paciência e querem que aceitemos planejamentos em longo prazo; nos empurram uma esquadra medíocre, agora comandadas por um comandante - que um dia foi excelente -, mas já não o é. Nos pedem paciência, onde nem o mais dos racionais acadêmicos a teria. Nos pedem, de novo, que esperemos - sei lá como – o bolo crescer, pois um dia seremos – quem sabe – com um pla-ne-ja-men-to (em estilo tucano) um grande time.

Eu, torcedor, não agüento mais esperar. Esperei demais, perdi décadas. Quero voltar a ser grande. Sei que aquilo que foi construído por meus avós e bisavós não merece esse destino. Não creio que devemos descer ao nível de times de colônia apenas; isso seria a morte.

Sem embargo, ficaria muito triste que copiássemos o modelo daqueles que nos invejam, nos odeiam, e tentam nos eliminar. Quero apenas que tenhamos a consciência que não podemos perder mais nenhum dia para a retomada de nossa caminhada à grandeza. Isso se faz com títulos e com grandes times; isso se faz com ousadia.

Ah! O que eu quero dizer com tudo isso? Fácil. Não me venham pedir paciência. Não me venham pedir quer eu espere um título no ano que vem. Nem me falem em pla-ne-ja-men-to (odeio tucanos). O que eu quero é título no campeonato que estou disputando; afinal sou apenas um torcedor. Por enquanto!

Em tempo: Já que é para COPIAR o pla-ne-ja-men-to dos bambis demitam o treinador. Eles demitiram o deles.

2 comentários:

Irineu Curtulo disse...

Se o problema é financeiro, e para isso nos aliamos a essa corja, o que dizer sobre o super-planejamento, visto que temos um tal de Palmeiras B, que não nos fornece ninguém, e será que nunca existiu tal revelação (?), e que custa uma fortuna (?) aos cofres do clube, sem qualquer retorno... para não me estender, deixo apenas esses tópicos.

Tito disse...

Pois é Irineu. Esse tal palmeiras B é uma herança dos tempos do Mustafé e que deveria ter sido extinto a muito tempo.
E.T: Estou esperando seu texto, tá?
abs