Nos últimos dias soube que uma amiga, na verdade, uma pessoa quase da família, passou por uma situação constrangedora, por conta de uma coluna sobre TV da Folha Ilustrada.
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Sim, a Folha de São Paulo. Outra vez, o bom e velho jornal que, nos idos de 60, 70 e 80, era uma referência de jornalismo combativo e integridade editorial.
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A Folha Ilustrada então era a fonte onde as pessoas que queriam ser modernas iam beber. O modernoso tinha ali tudo que precisava. Onde comer e o que comer, que bebida pedir para acompanhar a tal comida e onde deveria ir após o jantar, para dançar ou conversar.
A Folha Ilustrada então era a fonte onde as pessoas que queriam ser modernas iam beber. O modernoso tinha ali tudo que precisava. Onde comer e o que comer, que bebida pedir para acompanhar a tal comida e onde deveria ir após o jantar, para dançar ou conversar.
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Bom, os tempos são outros. Há muito não existe ditadura para criticar e muitos dos leitores/contestadores atualmente são neoliberais. As informações sobre o que é in ou out pululam por todos os lados e ninguém mais bebe em apenas uma fonte. Parece que nessa transição a Folha, além de deixar de ser referência, perdeu seus referenciais.
Bom, os tempos são outros. Há muito não existe ditadura para criticar e muitos dos leitores/contestadores atualmente são neoliberais. As informações sobre o que é in ou out pululam por todos os lados e ninguém mais bebe em apenas uma fonte. Parece que nessa transição a Folha, além de deixar de ser referência, perdeu seus referenciais.
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Eu nem posso me aprofundar muito no caso da minha amiga, visto que, não tenho completo conhecimento da situação. Pelo que sei, a pessoa que conheço trabalha no marketing de uma corporação do entretenimento. Em outubro ou novembro, atendeu uma jornalista do referido pasquim e respondeu algumas perguntas.
Eu nem posso me aprofundar muito no caso da minha amiga, visto que, não tenho completo conhecimento da situação. Pelo que sei, a pessoa que conheço trabalha no marketing de uma corporação do entretenimento. Em outubro ou novembro, atendeu uma jornalista do referido pasquim e respondeu algumas perguntas.
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Quando a matéria foi publicada, descobriu que suas palavras saiíram de maneira incorreta, fora do contexto, enfim, deturpadas.
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Quando a matéria foi publicada, descobriu que suas palavras saiíram de maneira incorreta, fora do contexto, enfim, deturpadas.
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A empresa, na qual trabalha, tentou mostrar a falta de veracidade das informações passadas pela matéria, contudo o espaço oferecido, como sói acontecer, foi o de cartas. Menos mal, pelo menos algum coitado, com o intestino preso e que ficasse horas no banheiro com o jornal, acabaria por ler.
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Ocorre que, ainda assim, o veículo de comunicação, como bem avisa na coluna de cartas, valeu-se do direito de digamos “encurtar” o texto, a título de aproveitamento de espaço. Porém, no tal rearranjo da réplica, cortou o que não devia, ou seja, a parte onde a matéria é desconstruída.
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Ocorre que, ainda assim, o veículo de comunicação, como bem avisa na coluna de cartas, valeu-se do direito de digamos “encurtar” o texto, a título de aproveitamento de espaço. Porém, no tal rearranjo da réplica, cortou o que não devia, ou seja, a parte onde a matéria é desconstruída.
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Em pouco mais de um mês, este é o segundo caso que fico sabendo, onde a Folha corta, de acordo com sua conveniência, um pedido de resposta. O escritor e jornalista André Fontenelle, teve o mesmo desgosto.
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O tempo passa, no último final de semana, a colunista da Folha Ilustrada Bia Abramo, repetindo o tema, com uma infelicidade incrível, transcreveu o mesmo trecho daquela matéria de novembro.
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A colunista usa, de forma arrogante, para dizer o mínimo, o comentário (não)feito pela profissional de marketing e, com ar professoral, tenta ridicularizá-la, citando, inclusive, seu nome.
A colunista usa, de forma arrogante, para dizer o mínimo, o comentário (não)feito pela profissional de marketing e, com ar professoral, tenta ridicularizá-la, citando, inclusive, seu nome.
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Eu confesso que o nome da colunista me dizia algo, mas não lembrava o que. Pesquisei e vi que ela foi editora de revista, da Folhateen e é professora de jornalismo. Curriculum bacana.
Eu confesso que o nome da colunista me dizia algo, mas não lembrava o que. Pesquisei e vi que ela foi editora de revista, da Folhateen e é professora de jornalismo. Curriculum bacana.
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Mas, o que leva uma professora, formadora de outros profissionais de imprensa, a cometer o que é considerado um erro primário no jornalismo: Não checar uma fonte.
Mas, o que leva uma professora, formadora de outros profissionais de imprensa, a cometer o que é considerado um erro primário no jornalismo: Não checar uma fonte.
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Não checou a opinião da pessoa criticada, não checou a repercussão da matéria que utilizou, não checou a veracidade das informações contidas. Se foi contestada ou não. Simplesmente, não checou.
Não checou a opinião da pessoa criticada, não checou a repercussão da matéria que utilizou, não checou a veracidade das informações contidas. Se foi contestada ou não. Simplesmente, não checou.
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A impressão que dá é a de que a moça olha de cima para outras profissões e outros profissionais. Mesmo não sendo expertise.
A impressão que dá é a de que a moça olha de cima para outras profissões e outros profissionais. Mesmo não sendo expertise.
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Apesar de caçoar do argumento alheio, não apresenta nenhuma resposta contundente para a questão. E aí Bião, o que leva as crianças a mudar de canal e preferir programas 'live action" aos desenhos animados?
Apesar de caçoar do argumento alheio, não apresenta nenhuma resposta contundente para a questão. E aí Bião, o que leva as crianças a mudar de canal e preferir programas 'live action" aos desenhos animados?
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Cara, não sei o que é pior: se a prepotência do texto ou a falta de proposições para a questão que ela mesma lançou. Com certeza, o conjunto da obra.
Cara, não sei o que é pior: se a prepotência do texto ou a falta de proposições para a questão que ela mesma lançou. Com certeza, o conjunto da obra.
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E o editor da sessão, estava fazendo o que? Tomando uma? Como permite que em sua casa duas pessoas diferentes chutem a mesma canela errada?
E o editor da sessão, estava fazendo o que? Tomando uma? Como permite que em sua casa duas pessoas diferentes chutem a mesma canela errada?
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Tudo bem que jornal é para vender anúncio e publicidade, mas daí abrir mão, completamente, da veracidade do conteúdo, já é demais. Parece que o cara só está lá para contar as laudas e ver se sua editoria entregou material suficiente para atender ao estabelecido. Isso para mim é desleixo.
Tudo bem que jornal é para vender anúncio e publicidade, mas daí abrir mão, completamente, da veracidade do conteúdo, já é demais. Parece que o cara só está lá para contar as laudas e ver se sua editoria entregou material suficiente para atender ao estabelecido. Isso para mim é desleixo.
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Mas o que esperar de um jornal que têm, em uma de suas principais editorias, um indivíduo que é mais conhecido por ser filho do diretor de um time de futebol que por sua relevância profissional ou pelo cargo que ocupa?
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