quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Amanhecidas

A correria, ontem, foi grande. Começando pela manhã, Ollie e eu combinamos levar as meninas ao nosso parquinho. No final das contas, ele chegou tarde e ainda tivemos que ir buscar a Nell no trabalho da mãe dela, que é aqui perto.
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Depois, fomos almoçar empanadas, no espanhol Café Garcia. Ao lado do café, e isso é uma boa dica, há a loja de produtos espanhóis. Têm de tudo, muito boa. Entrei para comprar azeite e acabei comprando também umas “bengalas” de pão, estavam quentinhas, não resisti. No jantar, descobri que o pão do Garcia é o melhor que comemos até agora aqui.
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Depois do almoço, a filha do Ollie deu defeito e não queria ir de jeito nenhum para o parque. Fomos para minha casa. Lá as duas pimpolhas ficam felizes, alegres e saltitantes. Assistiram DVD, desenharam e pintaram juntas, uma festa.
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Às 15h00, eu tinha que ir buscar a autorização de viagem do Vinícius na Embaixada e de lá, ir até a Fedex despachar o documento. O Ollie e sua mulher, Laurence se ofereceram para ficar com a Valentina enquanto eu fazia o serviço. Proposta tentadora, sem a Croquis e, principalmente, sem seu carrinho, eu conseguiria fazer tudo muito mais rápido. Agradeci e entreguei a boneca.
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Chegando na Embaixada, houve uma pequena espera até que chamassem a minha senha. O rapaz que me atendeu, muito gentil, diga-se, foi buscar o documento e voltou de mãos abanando. Me pediu para aguardar no guichê ao lado, pois estavam trazendo meus papéis.

Já não gostei, mas vamos lá. Passados uns quarenta minutos, perguntei ao atendente o motivo da demora. Fui informado que estavam localizando meu documento.
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Gostei menos ainda e achei melhor não criar caso, afinal estava nas mãos dos caras. Meu limite para enviar a autorização para o Brasil era ontem. Lembrei do velho ditado chinês: “Não ofenda o garçon, senão ele cuspirá na sua sopa”.

Passados mais uns trinta minutos, nesse meio-tempo, eu tinha ligado para o Ollie e explicado que a coisa iria demorar, o rapaz voltou, sem graça e com o documento nas mãos. Explicou que meu pedido tinha ficado esquecido em alguma mesa do M.D. escritório consular, enfim, não estava pronto.
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Expliquei, com toda a educação que foi possível, que eu precisava da autorização naquele dia, pois era o limite de tempo entre enviar e meu filho viajar.

Aí começou. A atendente do guichê ao lado, a personificação do funcionário público ineficiente, se achou no direito de participar da conversa e tentou justificar a falha me atacando. Segue o diálogo:
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.Atendente: Se era tão urgente assim, por que você não veio antes?
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Eu: (calmamente) Não era urgente, minha senhora. Ficou agora, por conta do prazo que passaram aqui, para retirar os papéis. Fiz a programação da viagem do meu filho, em cima de datas. Se vocês não cumprirem o combinado, vão me criar um problema.
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A "servidora" pública ficou com cara de bunda e o rapaz educado pediu para eu ter um pouco de paciência que o problema seria resolvido rápido.
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Em uns quinze ou vinte minutos, a autorização estava em minhas mãos. O atendente desculpou-se pelo incômodo e continuou seu trabalho.
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O que mais irrita nessa estória toda é que o serviço é prestado a peso de ouro. São ₤ 16 para uma carimbada e uma assinatura e mesmo assim, pedem três dias úteis para fazer, e não fazem !!!
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O prédio da Embaixada; Antigo, majestoso em sua arquitetura e imponente numa das mais movimentadas áreas da cidade, Oxford St., é um cenário, que na verdade, reproduz o funcionamento de qualquer orgão público do Brasil.

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Sempre existe o relapso, que não faz seu trabalho e sempre há um idiota de plantão, pronto para “tirar o deles da reta”, jogar a culpa no contribiunte e ir lixar as unhas.
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No final deu tudo certo, corri até a Fedex, enviei o envelope, que chegará quinta-feira em São Paulo. Depois corri para recuperar minha filha.
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