sábado, 14 de fevereiro de 2009

Finalmente: Bibi Confirmado

Acabou a expectativa. O Vinicius virá na próxima semana nos visitar. A autorização para viajar desacompanhado já está no Consulado, para reconhecimento de firma e os bilhetes estão emitidos. Bom, pelo menos, é o que esperamos, pois com essa cara da foto é capaz que barrem o indivíduo !!!
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Para que a novela terminasse hoje, tive que cumprir uma meia-maratona, porque até ontem à noite, o boneco não tinha passaporte. Em posse do documento, ele me passou o número, para que eu pudesse terminar de preencher o que me cabia.
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Hoje pela manhã, saí uns dez minutos mais cedo, para levar a Valentina. No caminho retirei as fotos do Bibi para colar na autorização, deixei a coelha na escola e de lá fui para o correio de Ladbroke Grove pagar a taxa consular.
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O Post Office estava lotado, então saí em disparada para Notting Hill Gate. Quando cheguei no correio da Kensington Church St. dei muita sorte, estava completamente vazio.
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Entrei na estação do metro às 9h16, peguei o primeiro trem, e doze minutos depois estava nas escadas rolantes de Bond St. Station.
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Aí aconteceu a coisa mais inusitada da minha vida londrina. Nas escadas rolantes, ví a Anne subindo. Ela estava uns 30 metros na frente. Tentei alcançá-la mas não consegui. Na saída da estação, a mulher evaporou. Liguei para ela, enquanto esperava o sinal de pedestres abrir. Nada.
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Eram 9h30. Corri para o consulado, afinal são distribuídas apenas trinta senhas para o atendimento, que é feito até as 10h30. Consegui pegar a senha 118, o último atendimento foi o da senha 125. Fui o 23º. Ufa !!!
. Enquanto esperava, colei as fotos do Vinicius nas duas vias do documento e aguardei uns 20 minutos, se tanto, para ser chamado. No balcão a simpática atendente me disse que minhas firmas estariam reconhecidas, e o documento pronto, apenas na quarta-feira. "Embaçou !!!" - Pensei.
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Mas, o Consulado é território brasileiro, onde sempre se pode tentar um jeitinho. E na maior cara dura, pedi para a moça entregar na antes. A primeira reação dela foi lamentar. Provavelmente, um efeito colateral do ar britânico que respiramos.
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Magina !!! Sou brasileiro, não desisto nunca !!! E começei minha estória triste. Falei que havia seis meses que eu e meu filho não nos víamos. Depois disse que ele só poderia usufruir da passagem oferecida pela empresa se ficasse, no mínimo, duas semanas e que não dava para adiar, senão ele perderia muitas aulas.
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A atendente penalizada, programou para a terça. Acho que se eu tivesse insistido um pouco mais dava até para sair na segunda. Como a terça me dá um dia de sobra entre a chegada do documento e a viagem, fiquei agradecido e fui embora.
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No caminho de volta, a Anne retornou minha ligação. Contei da coincidência no metrô. Ela me falou que, em Notting Hill Station, entrou no último vagão, pela porta do meio. Eu entrei no último vagão, pela porta do fundo, ou seja, entramos no mesmo trem, fomos para o mesmo lugar e um não viu o outro.
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Provavelmente, porque estávamos cutucando nossos iPods ou algo que o valha. Isso é a essência do "British Way of Life".
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