terça-feira, 25 de maio de 2010

England Vs Mexico

Image by BBC Sport

O jogo em si não empolgou, mas Wembley é Wembley e Wembley é sinônimo de English Team. A atmosfera é diferente. Tudo parece ser exatamente complementar ao time de branco no gramado. Não sei se me deixei contagiar demais pelo clima, só que saí de lá com a sensação de que assisti a seleção que vai ganhar a Copa!

A torcida fez sua parte. Vestiu as camisas para formar a bandeira, cantou apaixonadamente God Save The Queen e torceu todo o tempo. Muito diferente dos jogos da Premiere League. Por todo o estádio era possível ver mais crianças e mulheres que usualmente. Mas vamos começar pelo início.

Tudo começou com o telefonema do Ollie às 14h00. Combinamos que ele passaria aqui em casa às 18h30 para irmos tomar umas antes. às 16h00 ele ligou novamente e remarcou para 19h15, logo depois, mudou tudo. Ficou de me encontrar na estação de metrô de Neasden, para logo em seguida dizer que iria direto para o estádio, sem goró antes.

No problema. Peguei o rumo de Wembley. O trem não estava lotado, fui sentado. Do meu lado, um menino de uns seis anos, todo uniformizado, indo para o jogo com a mãe. Isso me lembrou meus tempos de criança, quando ia com minha tia Zélia ver o Palmeiras!

Na chegada o clima era divertido. Alguns mexicanos fizeram ponto na saída do metrô e cantavam felizes. Era um mar de gente. Mesmo assim, não demorei nada para percorrer os 500 metros que separam a estação das rampas do estádio. Enquanto caminhava, Ollie me ligou. Perguntou onde eu estava, respondi: "Em frente ao Portão "J" de "jungle" - Veio outra pergunta do lado de lá da linha: "What? Dumbo(Dâmbou)?" - Raciocínio rápido, aquela conversa não iria ter fim, respondi; "Não "H" de hotel"  - e voltei um portão!

Tempo para um cigarrinho e meu atrapalhado amigo inglês chegou. Fomos para o nosso portão, o "P" de Pope. Eu não conhecia o upper deck de Wembley. Passando as catracas é preciso subir três lances de escadas rolantes para chegar ao no corredor que dá acesso aos acentos. Em nossas cadeiras, as camisetas brancas nos aguardavam. Vestimos, assim como as outras 89.000 pessoas que estavam ali, para formar duas enormes bandeiras inglesas.

Os times entraram em campo e se perfilaram para os hinos. Primeiro o mexicano e depois um belo espetáculo na hora do hino inglês. Impossível não ficar arrepiado. Achei que tinha gravado tudo com meu celular, mas o tal touch screen me quebrou.

Findo o jogo, peguei o buzão 18 para casa, onde deveria render a babá da Valentina. Não foi o maior espetáculo da minha vida, contudo foi o dia que matei a vontade de cantar o tradicional "tum,tum ... tum,tum,tum ... tum, tum,tum,tum ... England que, ouvi pela primeira vez no filme The Italian Job, de 1969, com Michael Caine.



Só para terminar, que uniforme horrível o mexicano! A imagem que eu tinha era de um elegante escrete vestido de verde, como manda a tradição e como eu e minha tia Zélia vimos in loco, no Pacambu, em 1984, se minha memória não me engana. Hoje, os caras entraram em campo de preto, parecendo urubus!

Nenhum comentário: