sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uma Noite Para Ser Esquecida

Última noite de aulas na faculdade. Trabalhamos duro e depois, a turma foi divida em grupos e houve um quiz natalino, valendo prêmios. Vinte perguntas. Meu grupo acertou 18. Eu só sabia duas, então não fiquei chateado com o segundo lugar.

Passada a brincadeira, a escola ofereceu vinho para os alunos. A rapaziada se jogou com força, mesmo sabendo que depois iríamos para um bar.

Durante o caminho caía uma fina neve. Aquela que não congela, mas molha. Eu, para variar, escolhi os sapatos errados. Fui de tênis, um All Star, de pano. Ou seja, pés molhados, outra vez!

Já em Brick Lane, fomos parar em um bar bem bacana. Grande, quente e tocando música dos 80's. A turma resolveu continuar enchendo a lata. Eu, sabedor das coisas que faria logo cedo, fui devagar. Duas doses simples de whisky, no more. Sorte.

Lá pelas 11h30 fomos embora. A neve fina deu lugar a uma nevasca, forte e congelante. O pessoal saiu ruim, ruim, ruim do bar, mas uma italiana, a Giovanna, saiu bem pior. Ela já tinha chamado o hugo no banheiro e estava trançando as pernas. Não dava para fingir de morto e largar a moça naquele estado.

A pinguça e eu, caminhamos até Liverpool Street. Alí, o caos estava instaurado. Metro fechado, poucos ônibus e nenhum taxi. As pessoas se atiravam na frente dos carros que achavam ser minicabs. O frio era de matar.

Não demorou para a polícia chegar e colocar ordem no galinheiro. Começaram a mandar as pessoas para dentro da estação. Fiquei imaginando que passaria a noite em pé, na estação de trens, congelando e, ainda por cima, cuidando da bêbada.

Encostou um ônibus e eu pulei para dentro. Não sabia para onde ia, mas como na piada, que diferença fazia? Ao menos estava quentinho. Não andamos muito e chegamos em London Bridge Station, um terminal coberto! E o melhor, taxis estavam trabalhando!

A fila era interminável, Giovanna dava sinais de que estava em vias de apagar. Tive que ficar segurando a boneca, já que, vira-e-mexe, suas pernas dobravam. Em outras circunstâncias, seria até um prazer. A italiana é bonitona, mas naquele instante, era um fardo.

Acredito que chegamos em London Bridge, por volta de 00h30 e, depois de várias vomitadas da minha amiga, consegui colocá-las em um black cab, às 2h30. Um problema a menos. Restava agora esperar a minha vez.

Quando a fila terminava, a pessoa não tinha garantia de que pegaria um taxi. Os caras escolhem para onde vão e, naquelas circunstâncias, tentavam levar o maior número de pessoas possível. A tarefa de chegar em Notting Hill sozinho foi dura, esperei mais uns bons trinta minutos, até uma alma generosa me aceitar.

3h30 estava em casa. A quinta-feira, enfim terminava. Não sentia a ponta dos meus pés, que estavam roxos. Me enfiei em um banho quente para ver se melhorava. Deu certo. Como o aquecimento do meu quarto é um lixo e foi difícil pegar no sono. Sete e meia da manhã, a sexta-feira começou.



4 comentários:

Ademir Castellari disse...

Final de ano divertido. Por aqui, em São Paulo, nos baixos do Bexiga, uma quinta-feira sem luz (apações são comuns no bairro). A danada só voltou às 20h00. POr isso, muita breja no bar sob o prédio onde moro. Para ajudar, chuva torrencial e São Paulo debaixo d´água novamente. Neve aí, água aqui.

Tito disse...

É água para todos os gostos. Líquida ou sólida!!! No final, tudo molha! KKK
Abs

Lilian disse...

Ah, que divertido! Não esqueça de pegar gripe suína, hein? Assim você chega bem estragado pra eu ter que cuidar de você... TWAT!

Tito disse...

KKKK. A pneumonia está garantida!