segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Depois De Um Dia De Merda ...

... Só a lembrança dos velhos e bons tempos do Verdão e do futebol brasileiro para dar um pouco de alegria para esse velho coração palestrino. Aquela época pré-Lei Pelé, onde os clubes conseguiam montar esquadrões. Nos 90's além do Palmeiras, o Grêmio, o Vasco, o Flamengo e os Leonores tiveram seus momentos de glória. Hoje a festa é dos Figger, Rabelos, Ribeiros e quetais. Valeu Juquinha!

By Tim Vickery, via BBC Sport

“No futebol uma das características as mais fortes - frequentemente uma bênção, ocasionalmente uma praga - é que o melhor não ganha sempre.

Um exemplo deste fenômeno há veio 10 anos, quando o Manchester United encontrou o Palmeiras do Brasil, no Japão, para o jogo anual em entre os campeões de Europa e Ámérica do Sul.

Uma jogada de Ryan Giggs proporcionou para Roy Keane o único momento mágico do jogo - uma das poucas possibilidades que o United teve.

O Palmeiras criou muito mais, mas a única vez que colocou a esfera na rede, teve o gol anulado. Um relance em sua formação mostra porque os brasileiros deram ao United um jogo tão duro.

A equipe tinha, no meio campo, o canhoto e pequeno Zinho, vencedor da Copa do Mundo de 1994, além do zagueiro-central Júnior Baiano, do meio-campo Cesar Sampaio que tinham jogado no ano anterior, a final da Copa do Mundo e,também, os futuros campeões do mundo; o goleiro Marcos, o zagueiro Roque Júnior e o lateral esquerda Júnior. Mais o lateral direita paraguaio, o maravilhoso Arce e o grande atacante colombiano Faustino Asprilla. A jóia na coroa naquele tempo, o meio-campo altamente talentoso Alex, ainda está jogando seu futebol de classe superior no Fenerbahce.

Foi Alex que deu a Mark Bosnich a maioria de problemas em um dos melhores jogos de seu curto período no gol do United.

Bosnich, era da Austrália, e ao seu lado tinha os igualmente estrangeiros Mikael Silvestre, Jaap Stam e Ole Gunnar Solksjaer. Mas o United era uma equipe massivamente britânica.

Dez anos passaram e muito mudou – em especial o contrapeso das forças entre os dois continentes. Na América do sul, os clubes tornaram-se condenados a perder suas estrelas e promessas com idade cada vez menor (há uns sinais de uma reação no futebol brasileiro, mas isso é um tópico para uma outra hora).

Não há, atualmente, nenhum clube no continente capaz de contar com qualidade sufuciente para mostrar algo como o Palmeiras desfilou naquele dia.” (...)



2 comentários:

Raulzito disse...

Fala Tito,

Perdemos aquele jogo, mas todos que viram aquele jogo sabem que eramos muito mais time que o Man...
Vc lembra da libertadores de 94,aquele primeiro jogo contra as meninas pela libertadores? Perdedemos no segundo, mas além de ser bi-paulista e favorito ao brasileiro, jogamos muito, perdemos pq faz parte do futebo. E a de 95,Copa do Brasil 96, Perdemos mas jogamos. Tem uma coisa muito importante também, a parmalat fez uma parceiria com o Palmeiras que é totalmente diferente do que é a traffic. Perdemos sendo melhor em todas as competições que jogamos. O futebol é cruel por natureza, nem sempre o campeão foi o melhor. O futebol atual brasileiro tem como influencia a parceria do Verdão com a parmalat. Inovamos, além de ser a que mais deu certo até hj no futebol brasileiro. Um grande problema que temos é que a marca "Palmeiras" é muito rentável, e o Palmeirense por amor, respeito e dedicação consome. Ficamos na mão de jogada comercial. A grande diferença é que enquanto a parmlat tinha uma linha de produtos pra entrar no mercado nacional, a traffic ganha dinheiro com jogadores. A marca "Palmeiras" os colocou como lider de mercado nacional, e montamos cada time... Pode falar o que for, mas a parmalat respeitou o Palmeiras como entidade. Ficamos na pior muito mais em função de má admistração, do que falta de oportunidade proporcionada pela parceria. Tinhamos uma parceira onde sua atuação no mercado futebolistico era direcionado ao Palmeiras. Trouxemos inclusive o cafu usando o juventude como "ponte". Nossa parceira atual deixou o conca no fluminense, mas o Kléber ficou, o Henrique? Na época da parmalat, um cara como o Gilberto querendo voltar, vc acha que ele iria pras marias? Claro que não! Fomos um dos melhores times do mundo na década de 90, por ter uma parceira que deu suporte comercial e financeiro para que o Palmeiras voltasse a figurar no seu local de origem, o de melhor. Se for pra ter parceiro, que desça do muro e vista o manto. Eu prefiro muito mais não ganhar nada, mas ter de volta o Palmeiras. Eu nascí em fevereiro de 80, sou apaixonado pelo Palmeiras desde muito cedo. Eu lembro que enquanto meus amiguinhos de escola sonhavam em ser o "capitão América" eu sonhava em ser o Wagner bacharel. Eu crescí vendo o Palmeiras perder, mas eu crescí vendo o Palmeiras ser Palmeiras, tendo dignadade.
Eu prefiro encarar outra década de 80 mas pelo menos ter tesão de torcer. Porra Tito, hj em dia eu me sinto palhaço, estão conseguindo transformar o Palmeiras em motivo de piada. Não tenho como avaliar a gestão da parmalat pq eu apenas sentia o resultado. Hj em dia tenho uma visão mais ampla das coisas e consigo perceber melhor a qualidade da administração. Só sei que seu post me trouxe lembranças e a mente foi longe. Eu voltando pra casa depois do último jogo cheguei a sentir vergonha de ser Palmeirense. Nosso amor não é mais a principal razão do Palmeiras. Começando pq venderam o nosso espaço e a nossa pressão em forma de cadeiras confortáveis em área especial, geralmente frequentada por torcedores "mornos". Não tem nada ligado a uniformizadas, até sou integrante, mas descordo em vários aspectos. O Parque Antartica era outra coisa, assassinaram o nosso Palestra. Hj em dia o publico total é de 27 mil e poucos, antes eram 32 mil. Meu tio passou a me levar em jogo "pesado" em 91/92, lembro de um Palmeiras e guarani, 1x0 gol do evair de cabeça no gol do símbolo. Foi um dos jogos que ví o Palestra mais lotado. A renda foi de 29 mil e uns quebrados. Onde hj fica um torcedor sentado, antes ficavam dois me pé tranquilamente. Estão tirando o nosso direito de acompanhar o Palmeiras pelo dinheiro. Meu peito fica vazio quando penso no Palmeiras, pode parecer bobeira, mas meu amor é puro e real. Só um Palmeirense pra enteder. Cheguei ao ponto de achar que a maior vitória que podemos alcançar no momento, é aceitar a realidade, juntar os trapos e resgatar a dignidade. Que não ganhe nada, mas volte me encantar e emocionar. De coração, a única coisa que quero, é o meu Palmeiras de volta.
Abraço.......

Tito disse...

Publiquei um post com o seu comentário. Abs