sexta-feira, 27 de março de 2009

O Melhor do Poker Foi o Whisky ...

Como contei no post anterior, ontem fizemos uma sessão de poker. Eu, Ollie, Paul e Charles estávamos lá. Outros dois pipocaram e deixaram a brincadeira menos divertida.
.
Mas, vamos começar pelo começo. A noitada seria na casa do Charles, em Kensal Green. Então, nós, os três convidados, combinamos o meeting em um pub próximo, o Island Bar.
.
Fui o primeiro a chegar no local, um bar bem bacana e que, por milagre, um pouco antes das sete estava vazio. Pedi um Johnnie Walker Black e sentei, morto de fome, para esperar a comida. Como ontem esqueci de almoçar, estava com estômago nas costas.
.
Quando terminava meu goró, o Ollie chegou. Perguntou o que eu estava bebendo, foi para o balcão e voltou com um pint de cerveja e um whisky. "Uhhhhhhhhhh, o cara vai encher o latão hoje !!!" - Pensei.

Que nada !!! o JW era pra mim e a cerveja pra ele. Não tinha bebido nem metade da segunda dose e o Paul entrou. Foi direto para o balcão e voltou com um pint e outro copo de whisky. Comecei a ver a coisa preta. Como diria meu tio Aloísio: "Batata!", o scotch era pra mim.
.
Quando estávamos os três na mesa, sugeri pedirmos algo para comer. O Paul disse que não precisava por que o Charles estava fazendo pizzas para nós. Comecei a desconfiar que os caras estavam tentando me embebedar. Ficamos no bar apenas o tempo de terminar as bebidas, já eram quase oito horas, horário de início da jogatina.

Lá chegando, fomos recebidos com duas pizzas, muito boas, diga-se. de passagem Depois do repasto, Mr. Paul Cockerton, sacou da mochila, baralho, fichas, um pano verde e ... regras !!! Jogaríamos um tal de Texas Hold’em Poker. Confesso que não conhecia. Também, a última vez que joguei, as pessoas bebiam Grapette e fumavam cigarros Continental, ao som de "Zodiac", de Roberta Kelly. Não vou me alongar nas regras, até porque elas estão no link acima. Só que, cornetar eu vou.
.
Eu estou acostumado a jogar o poker "papai-mamãe", básico. Cinco cartas na mão, pode-se trocar três e aí vai, com uma certa tolerância ao de cinco cartas sendo: duas abertas e três fechadas.
.
No tal poker hillbilly, comentando de forma muito simplista, o jogador fica com duas cartas na mão e outras cinco são abertas na mesa para todos os players, que fazem seus jogos, com cinco das sete cartas.
.
Nem vou discorrer sobre a limitação do talento, do blefe e etc nessas condições. Na verdade, o chato do jogo é o fato de que não sai jogo. É quase impossível alguém ter uma mão boa. Vejamos. Usa-se o baralho inteiro, do ás ao rei (ou do dois ao ás, sei lá) o que cria uma grande possibilidade de combinações.
.
Com quatro jogadores, a quantidade de cartas utilizadas é 13. Um baralho têm 52 cartas. Nem imagino o cálculo que deve ser feito para saber a probabilidade de sair uma quadra de áses, ou um flash. Alguém sabe?
.
Agora vamos voltar ao poquerzinho tradicional. Com quatro jogadores, são usadas 28, do sete ao ás. De cara, 20 cartas vão para a partida e existe ainda a possibilidade de troca. Também não sei calcular as probabilidades nesse caso, imagino, pelo número de cartas, que seja bem maior.
.
Voltando à jogatina, começamos o jogo. Ollie e eu movidos ao bom single malt Glenmorangie: suave, aromático. Uma boa escolha. Paul e Charles optaram por cerveja.
.
Depois de duas rodadas - sendo uma ganha porque o Paul tinha um ás na mão e cinco cartas desconexas na mesa - para ser bem franco, perdi o tesão.
.
Fui ganhar minha primeira mão, lá pela sétima rodada. Com um par de dois !!! Ridículo. Se bem que eu blefei. Depois, ganhei outra que, pelas circunstâncias, foi com um jogão: três setes !!! Ninguém viu. Correram. Eu levei só as migalhas. Quando o relógio apontou meia-noite, paramos. No final das contas, perdi £ 10 e bebi uns 300 ml de um scoth bacana. O saldo foi positivo.
.
.

Nenhum comentário: