domingo, 9 de novembro de 2008

O domingo que começou bem e terminou horrível - Parte II

Por sorte e devido a Estelle ter vindo nos visitar, tive que abdicar do jogo do Palmeiras. Não vi rigorosamente nada, nem o gol do time da torcida que acha bacana ser argentino, parece que foi bizonho. Assim, abro mão de meu tradicional comentário, e dou o espaço para meu amigo Vicente Criscio do 3VV se pronunciar:
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Por Vicente Criscio:
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Amigos, entre o apito final e a chegada à frente desse computador levei aproximadamente 70 minutos. Nesse tempo vim discutindo com meu filho sobre as chances do Grêmio ou Cruzeiro ser campeão, ouvi a entrevista do treinador V. Luxemburgo e pensei. Pensei no que escrever aqui.
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E duas coisas me passaram na cabeça: só duas.
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A primeira: perdemos para um "timeco". Timeco mesmo! Elenco sem expressão (não estou aqui criticando a instituição Grêmio). Mas o time é ruim. Onde já se viu um time cujo melhor jogador é o Tcheco?
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E não é que esse timeco, com a defesa destruída, sofreu apenas 8 chutes a gol do Palmeiras (ouvi isso na emissora, nem olhei o Footstats ainda)? Mas esse timeco finalizou 13 vezes contra o nosso time.
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Veja amigo palestrino de cabeça inchada como eu, não chamo o Grêmio de timeco para desmerecê-lo. De jeito nenhum! Estou desmerecendo o nosso time. Porque esse timeco do Grêmio apanhou de 3x0 do Cruzeiro. E não foi capaz de ganhar do Figueirense em casa. E estava caindo pelas tabelas nesse 2o turno. Até pegar o time comandado pelo "profexô".
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Diego Souza fez falta? Claro! STJD, vá práquele lugar. Kléber fez falta? Claro! Provavelmente por erro de arbitragem.
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Mas convenhamos, precisava do Diego Souza e do Kléber prá ganhar desse timeco? Com a palavra, o profexô.
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E A SEGUNDA COISA?
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Mas enquanto eu estava nesse devaneio pensei em outra coisa: perdemos o campeonato. Além do jogo, demos Adeus ao título Brasileiro.
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E por quê?
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Refletindo no carro entre a voz do Massini, do Renan e dos meus fantasmas na minha cabeça, pensei: por quê não estamos mais - na prática - disputando o Brasileirão?
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Acho que nossa derrota nesse campeonato começou muito antes do jogo de hoje. Começou no momento em que ganhamos o Paulistão. É verdade!
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Prá mim a comissão técnica do nosso time achou que estava acima do bem e do mal. Afinal, repetindo 1993, tinha conseguido tirar o Palmeiras de uma fila de anos sem título. E teve uma diarréia de vaidade.
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Sofrendo dessa vaidade essa comissão técnica - note que não falo apenas do treinador, mas falo da comissão num sentido amplo, do massagista passando pelo técnico e pelo Gerente de Futebol até chegar à Diretoria - errou feio no planejamento do time para o Brasileiro.
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Erraram em não trazer um reserva de Diego Souza a altura do que necessita o Palmeiras (lembrem do seguinte: Valdívia era certo que sairia).
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Erraram em trazer jogadores não qualificados para posições críticas. Então jogamos sem laterais reservas. Quer mais? depois de várias contratações na defesa (Jéci, Gladstone e mais no final Roque Junior) tivemos que improvisar Martinez.
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E o ápice foi hoje: Preá, que não jogava há tempos, entrou em campo para ajudar a buscar a vitória. Desculpem os amigos mais próximos do Palmeiras, mas o treinador (e a comissão técnica) erraram feio nas contratações.
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Só que, vento que bate lá não bate cá. Do outro lado do muro também erraram nas contratações. Mas o técnico de lá fez uma limonada. E achou Hernanes como meia. E outro como volante, e foi atrás de um zagueiro de verdade, e assim foi.
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E daí ladeira abaixo: enquanto nossos adversários entraram nas últimas partidas mordendo e buscando o título, eu fico com a impressão que nosso time entrava instável, nervoso, tenso, pouco focado. Enquanto nossos adversários diretos ganham as partidas decisivas - com ajuda de arbitragem ou não, pouco importa - nós empatamos com Náutico e Figueirense.
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E nessa salada de frutas amargas adicione o fato da nossa fraqueza quase risível nos bastidores. Não temos força, agimos reativamente e a essa altura, o Procurador Paulo Schimitt está rindo à toa. Às vésperas do jogo contra o São Paulo o Presidente do nosso adversário veio a público pressionar a arbitragem ANTES do jogo. Deu no que deu. O Grêmio pressionou e conseguiu fazer Diego Souza ser julgado duas vezes na mesma semana (por fatos diferentes, é verdade) enquanto seus jogadores principais jogam com efeito suspensivo deferido há semanas. O Presidente Paulo Odone comentou ante-ontem sobre a suspensão de Diego Souza do jogo deste domingo: "fez-se justiça".
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Nosso Presidente provavelmente estava procurando votos para a ampliação do mandato.
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Agora acabou. O Grêmio venceu e o Palmeiras está fora da disputa ao título. Nossa cabeça tá quente, o Palmeiras vai disputar uma vaga para a Libertadores e eu diria, cuidado, porque senão nem isso conseguirá. E nosso técnico, o mais caro do Brasil, está mais preocupado em acertar as contas com Marcos pelo goleiro ter saído do gol várias vezes para buscar o empate.
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Convenhamos: esperávamos muito mais nesse final de temporada.
Saudações Alviverdes!
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