Pós Jogo Palmeiras 1x4 São Caetano:mediocrização | |
1o TEMPO Desandou a maionese. Essa foi uma das inúmeras mensagens que recebi no primeiro tempo onde o Palmeiras tomou três gols e assistiu ao São Caetano jogar. O início da partida deu pinta que a coisa ia ser complicada. Os lances de maior perigo eram do Azulão. O time marcava a saída de bola e o gramado complicado do Palestra impedia os jogadores alviverdes de saírem jogando. Mais ainda: Cleiton Xavier, marcado em cima, não conseguia dominar a bola. A partir dos 20 minutos Márcio Araújo mudou de lado com CX-10 e Diego Souza começou a se movimentar mais. Foi num lance de Diego que quase saiu o gol palmeirense. Robert se enrolou com a bola e com a água. No contra ataque o reserva de atacante Eduardo fez 1x0. Eram 27 minutos. Aí a coisa começou a ficar feia. Os jogadores começaram a perder o mínimo de calma que tinham e se aventuravam ao ataque. Figueroa foi, sem cobertura, tomou um contra-ataque e resultado: aos 35 o mesmo Eduardo, o atacante reserva, fez 2x0. A torcida gritava algumas músicas não muito agradáveis para jogadores e principalmente diretoria. E quase não viu o terceiro gol do São Caetano. Fim do primeiro tempo. E tem palmeirense perguntando: precisa ter o segundo? 2o TEMPO Entrou Lenny saiu Robert. Entrou Sacconi saiu Figueroa. Antes de esboçar alguma reação o Palmeiras tomou 4x0. Aos 5 minutos Mandi pegou a bola no meio de campo. Carregou a bola, passou pelo Danilo, tirou Wendel da jogada, acendeu um cigarro, olhou pro lado, passou pelo Edinho, coçou a virilha, empurrou o cone que o atrapalhava e chutou pro gol. 4x0. Ducha de água gelada. O time foi prá cima. Danilo perdeu gol. Cleiton perdeu gol. Diego Souza desperdiçava boas oportunidades por excesso de individualismo. Mas foi de Diego o gol de honra do Verdão. E até poderia ter saído mais um, ou mesmo dois. Mas o futebol do Palmeiras era do tamanho da ambição de sua Diretoria. MEDIOCRIZAÇÃO O locutor do PFC do Sportv comentou que Gilberto Cipullo avisou: acertada a contratação de Ewerthon o Palmeiras não terá mais reforços. Vai se virar com os jovens das categorias de base. O motivo é a falta de jogadores disponíveis no mercado. Claro. Em março você não vai encontrar mais jogadores. É o final da feira! Esse processo de "mediocrização", ou seja, transformar o time em medoocre, começou em novembro, supostamente - como disse Toninho Cecílio em recente entrevista - quando o Presidente solicitou um corte de 30% nas despesas do futebol. Lembrando que foi Toninho Cecílio, junto com a Diretoria de Futebol, que inflacionou a folha de pagamento. Trouxeram no ano Edmilson a R$ 250 mil por mês, Mozart a R$ 240 mil, Obina, fora de forma, e outras pérolas. Algumas delas ainda geram custo para o clube, apesar de já terem saído - caso de Jumar. Essa mesma diretoria assistiu Luxemburgo desmontar o time campeão paulista e trocaram Henrique por Gladstone. Essa mesma diretoria vendeu Valdívia e Kléber e agora iludem o torcedor dizendo que vão trazê-los. A Diretoria que inflou os custos, agora tem que cortá-los, por ordem do Presidente. Por seu lado a parceira finge-se de morta. E no dia que o Palmeiras é goleado por 4x1 em casa para o esquadrão do São Caetano, o VP de futebol afirma que Ewerthon deve ser o último a ser contratado. Lembremos o seguinte: o Palmeiras historicamente só é campeão quando monta grandes times. Com times mediocres, nos últimos 30 anos, não vimos o Palmeiras ser campeão. Então a mensagem do principal cacique do futebol é a seguinte: esqueçam 2010. Este anos nosso destino é sermos mediocres. E comecemos a pensar em 2011. Com sorte! Saudações alviverdes com uma enxaqueca brava! Encruzilhada Por ademir Castellari, via Divino Não sou fã do estilo Muricy. Aquela coisa de time forte na marcação, meio campo povoado de volantes, bola para os laterais (alas) que cruzam, cruzam, cruzam… E só isso. Criatividade zero; jogo com um mínimo de beleza (não estou dizendo espetáculo) menos zero. Alguém se lembra de um time dos bambis treinado pelo Muricy – mesmo os campeões – que jogava um futebol vistoso? Não, somente futebol força, aquela porcaria européia de time competitivo que tentam nos empurra goela abaixo, aqui no Brasil, faz alguns anos. Já disse para vários Palestrinos que se ele não mudasse esse estilo teria vida curta no Palmeiras. Entretanto, não dá para fazer omelete sem ovos. O elenco do Palmeiras é fraco. Temos apenas um grande jogador – Diego Souza. C. Xavier que em alguns jogos nos enche os olhos, em outros, quando mais se precisa dele, desaparece. Os outros são apenas de médios para baixo. Mas, então, por que é que não temos mais jogadores de qualidade? Por que a diretoria do Palmeiras não contrata? Eis aí o X da questão. Para alguns é incompetência, para outros a falta de dinheiro, para outros ainda é problema da política interna. Pois bem, li uma boa análise – vale ressaltar que é a análise do autor do Blogue – lá noParmerista. Parece que o problema é de ‘filosofia’ de trabalho, mas que se desdobra na briga política interna do clube. Pelo que parece o nosso treinador não aceita jogadores ‘meia boca’, e que não estejam dispostos a passar um tempo no Palestra, mesmo que isso signifique sofrimento a curto prazo e resultados só a médio e longo prazo. Assim, quem não tem esse perfil é descartado pelo treinador, e por isso as contratações são escassas, afinal jogadores que cheguem e vistam a camisa ou são escassos ou muito caro; ou ambas as alternativas juntas. Já para o vice de futebol, Cipullo, as coisas têm que ser mais imediatas; ou seja, vale arriscar, abrir os cofres e contratar um Jumar, por exemplo, se isso significar que teremos no elenco uns dois ou três D. Souza. Isso faz (ou fazia) com que o Palmeiras fosse o paraíso dos empresários, até nas categorias de base. Não que Cipullo faça isso para obter vantagens, muito pelo contrário, é apenas uma forma de se enxergar o futebol e sua consequências. Essa diferença de visão entre Muricy e Cipullo, por exemplo, seria o motivo para a parceira (Traffic) não mais ter investido no Palmeiras. Por isso, inclusive, Muricy tem o seu trabalho contestado pelo vice de futebol do Palmeiras. Por isso, a nau estar meio que a deriva. Bem, eu de minha parte não sou masoquista. Gostaria muito que o Palmeiras se tornasse novamente um ganhador de títulos imediatamente. De outro lado, já disse que não gosto do estilo dos times do Muricy jogarem. Entretanto, não quero o Palmeiras eternamente dependente de parceiros ou empresários, quero o Palmeiras novamente donos de seus rumos, de sua categoria de base, de seus jogadores. Além disso, há algum tempo lancei por aqui a campanha ‘fora Traffic’ que até um banner tinha no lado direito do Blogue, mas que para não tumultuar mais o ambiente já tumultuado, retirei. O que não quer dizer que quero que eles continuem a dar as cartas por aqui. Então, se o preço a pagar por um Palmeiras dono de seu destino, livre de empresários e ‘parceiros’ que somente querem lucrar a curtíssimo prazo – Henrique é exemplo disso – é agüentar um pouco mais sem título, fico com o projeto do Muricy. Mesmo sabendo que noites como a de ontem se repetirão mais algumas vezes. Porém, que o treinador nos poupe de times recheados de volantes. Sei que a situação do presidente Belluzo não é cômoda nessa briga. Vices-presidentes, na hierarquia política de clubes de futebol – no Palmeiras é assim, são cargos ocupados por pessoas que tem votos e ‘correligionários’ da política interna. A saída – ou demissão – de um vice-presidente pode custar caro, inclusive pode significar a volta dos ‘mortos-vivos’. Assim, não me surpreenderei se a opção for pelo do projeto do Cipullo, que talvez nos traga algum título, mas que a médio e longo prazo significa dependência total de parcerias e empresários. Mas em que bela encruzilhada estamos metidos, não? Forza Palestra! |
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Repercutindo o Papelão
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