... Carol Santos!
Tenho ciência de que não escrevo faz tempo. A fase é de copiar e colar. Melhor para quem visita o expatriated e pode conhecer outros blogueiros e outras opiniões, como a que publico agora. Tive a oportunidade de conhecê-la em minha passagem por São Paulo. Bonita, inteligente e dona de um sorriso apaixonante.
Carol não precisa de muita apresentação. ela dá conta de fazê-lo por si só. Escreve e fala, muito bem, o que pensa. Assim, segue o texto publicado no Cruz de Savóia:
Sobre estádios de Futebol
Por Carol Santos, via Cruz de SavóiaMe faz muito bem, para a alma e espírito, pisar num estádio de futebol. Não há lógica que explique a minha/nossa sensação de pertencimento, de válvula motora da grande batalha que é uma partida de futebol. Somos um e somos muitos. Abraçamo-nos e choramos em ombros estranhos na grande comunhão que se torna cada gol marcado, cada bola na trave. Toda a irracionalidade, paixão, lágrimas e emoção que impulsionam cada ato nessa grande peça são impossíveis de serem verbalizados. Muito menos teorizados.
Adoro ver os jogos do Verdão no Jardim Suspenso, pois ali sou parte e sei que estou em casa. Também sei bem pra onde correr caso o calo aperte. E o clima, aquele monte de homem junto, toda aquela testosterona no ar… Ai G-zuis…
Brincando ou não, sei que tem um fundo de verdade nisso. A maioria dos meus amigos hoje e sempre foi composta basicamente de homens. Em casa somos três filhos: meu irmão mais velho, minha irmã gêmea e eu. Minha mãe insistia em me dar bonecas fofinhas e Barbies. Eu fingia que gostava (devia até gostar um pouco, na verdade) e as passava, todas e em pouco tempo (algumas horas, talvez), pra minha irmã que era um doce de criança e muito feminina.
Eu queria mais é jogar bolinha de gude, futebol e andar de bicicleta com os moleques. Como toda boa baixinha a folga aqui era larga. E inevitavelmente meu irmão é quem tinha que separar as minhas brigas com os moleques da rua. O filho da minha mãe mais parecia eu.
Pensando bem, até que isso foi bem estratégico. Eu ficava perto dos meninos de qualquer forma. Fosse nas brincadeiras, fosse nas tantas brigas na rua que arrumei na vida. Eu estava perto deles!!!
Atormentava até que eles me deixassem participar do futebol. Ou fazia beicinho ou ficava agressiva, com a vantagem de poder fazer tanto um como o outro, dada a minha condição biológica. Hahahahahaha! Bons tempos aqueles.
Adoro as minhas amigas, mas não suporto ver jogo com mulheres ao meu lado. São poucas as que se portam decentemente na hora da peleja. A vontade é de gritar: “Ei, querida! Isso aqui é sério!”.
Os gritinhos e histeria são ridículos. Algumas merecem a fama que estigmatizam todas nós: não entendem uma porra de nada de futebol. Servem para atormentar na arquibancada quando perdem alguma jogada, passar na frente da televisão quando há um lance importante, fazer comentários em momentos inoportunos ou querer conversar durante o jogo. Quer coisa mais irritante que isso? Já não suporto ver jogo com homem falando ao meu lado, que dirá com mulher! E apoio incondicionalmente o Estatuto do Verdadeiro Torcedor do Téo em todos os itens.
“6. Evite levar mulher ao estádio, a menos que ela seja mais homem que você.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário