quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Banda Larga Chegou Por Onde Devia: Pelo Twitter !

Por Brizola Neto, via  Tijolaço
O presidente Lula achou uma maneira simpática e inteligente de dar suas primeiras declarações sobre como será o Plano Nacional de Banda Larga, a ser anunciado oficialmente nos próximos dias. Na reunião com entidades que defendem o uso de software livre, Lula permitiu um dos participantes, Marcelo Branco, a “twittar” o que ia dizendo no encontro. Veja os posts e uma explicação sobre o que cada um quer dizer:

“Depois de muito trabalho conseguimos conquistar de novo a Eletronet.Queremos fazer a Telebrás voltar a funcionar”.

A Eletronet é a empresa que administrava as redes de fibra ótica montadas sobre as torres de transmissão de energia de Furnas, Chesf e outras elétricas, ligando todo o país, e se encontrava em estado falimentar, exigindo que a Telebras recuperasse na justiça a posse destas redes.

“a banda larga e Internet é um bem que todos devem ter direito” como a “luz pra todos”

O Brasil é um dos últimos países em índice de conexões razoáveis à internet. Estima-se em apenas 11 milhões o número de conexões – a maioria delas de não mais de 256k – existentes hoje no país. Veja aqui o nosso ranking.

“não queremos criar uma empresa estatal por criar…queremos uma empresa que ajude os brasileiros a ter banda larga mais barata”

A falta de penetração e qualidade da banda larga brasileira é, em geral, provocada pelo preço extorsivo, cobrado pelas Teles, que é nove vezes mais caro que nos EUA e 25 vezes maior que no Japão. Pelo que se sabe até agora, a rede pública deixará a conexão final disponível para todas as empresas, teles ou pequenos provedores, na chamada “última milha”, o que vai criar livre concorrência no fornecimento.

“a empresa pública de Telecom significa recuperar a capacidade do governo de saber e gerir este importante setor”… “o governo não presisa ser o médico que faça a cirurgia, mas tem que saber como se faz uma cirurgia”

Nunca deveríamos ter entregue todo o sistema de telecomunicações a um pequeno grupo de empresas. Conservar o controle estratégico do setor é permitir a redução de preços, exigir qualidade e favorecer a democratização em todos os campos: desde a econômica, com a abertura de mais opções de fornecimento, até a política, com a universalização do direito à comunicação e à informação.

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