quinta-feira, 9 de abril de 2009

Yes We Could !!! (Updated)

Pós jogo: Achei que dava para dormir. Não deu. Em certas ocasiões, saborear o momento é melhor que o repouso. Se fosse para cama agora, ficaria rolando de um lado para o outro. Para que, se posso relembrar e escrever sobre o jogo às 5h30 da manhã?
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Pré jogo: Fui dormir às 20h00. Coloquei o despertador para 1h45. Acordei, liguei o computador, a transmissão era do Sportv. Fazer o quê? Abrir uma garrafinha de Coca-Cola, para acordar.
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O jogo começa, eu tenho meu corpo ligado. Sinto o sangue mais quente. Veio à memória a mesma sensação do jogo das semi-finais da Libertadores de 2000, aquele em que o Santo defendeu o penalti do Marcelinho.
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O Palmeiras inicia a partida mostrando espírito de copa, bem argentino. Matando o ímpeto do adversário que, diga-se, faz mais barulho com a boca do que com a bola nos pés.
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Milton Leite informa que o jogo do Estudiantes está atrasado. Vôo para a TV e coloco no Setanta Sports 2. Quem sabe as imagens são geradas pela Globosat? Nada! O que vejo é o estádio de Mar Del Plata.
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O Jogo: O Sport, tenta nos primeiros momentos intimidar, na porrada. Paulo Baier, aquele que fez toda a carreira em times pequenos, dá uma cotovelada em Pierre, seu ex-companheiro de Verdão. Feio.
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Cria-se o primeiro bafafá. Danilo leva amarelo. Preocupante, afinal, a defesa comete muitas faltas. Antes dos 15 minutos, o outro zagueiro, Maurício Ramos, também é advertido. Bem preocupante.
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Aos 15, São Marcos apresenta as credenciais. Espalma uma chute rasteiro, difícil, pela linha de fundo. Fora isso, jogo tranquilo para o Palmeiras. O adversário, bom de boca, pouco pressiona. O Alviverde Imponente tenta os contra-ataques, mas erra muitos passes.
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Aos 20 minutos, boa oportunidade verde em cobrança de falta. CX bate, a zaga rebate. Cleiton fica com o rebote, mas, o decaído Baier faz uma falta desnecessária e dá ao Palmeiras uma nova oportunidade em bola parada.
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Na cobrança, Cleiton Xavier põe na área, Diego Souza sobe mais que todos e desvia, matando a defesa adversária. Mauricio Ramos recupera na linha de fundo, tocando para o gol. K9 chega empurrando. 1X0. Silêncio na Ilha do Retiro. Silêncio não, festa da Torcida que Canta e Vibra.
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Parte do dever cumprido. Saímos na frente e colocamos mais pressão ainda no time pernambucano. Os jogadores do Sport, daí para frente, pareciam correr com bolas de ferro presas aos pés.
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Se antes já não faziam grande coisa, depois do gol fizeram menos ainda. Sem criatividade e sem espírito competitivo, apenas centravam bolas para a área. Coitados, caíram na conversa de que a defesa do Palmeiras não existe. Não só existe, como foi comandada com autoridade pelo Santo, por Edmilson e pelo perfeito Pierre, que não perdeu uma só jogada.
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Diego Souza começou a articular mais e aparecer para o jogo. A bola, quando em domínio do Verdão, ficava mais no campo de ataque. Assim terminou o primeiro tempo.
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Na virada de campo, o Sport veio com duas alterações; Entraram o tosco Sandro Goiano e outro jogador de meio, desfazendo 3-5-2 inicial. Pela mexida, a equipe pernambucana dava sinais de que iria para cima. Contudo, recomeçando o prélio, o cenário da primeira etapa não mudou.
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Aliás, mudou sim. Diego resolveu ser o diferencial do time,. Em uma de suas primeiras intervenções, pegou a pelota no meio de campo, arrancou, driblou, fez que ia tocar e lançou para si próprio, invadiu a área, balançou o corpo e chutou. Pena. O goleiro não foi no drible de corpo e conseguiu colocar para escanteio. Maravilhosa jogada e linda defesa.
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Aos 15 minutos, Luxa trocou o apagado Willians por Ortigol. Aos 20, sentindo que a lateral esquerda adversária poderia criar problemas, sacou Keirrison, colocando SS, que entrou com a função específica de marcar o lateral Dutra.
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A proposta inicial foi mudada. Como Edmilson virou o líbero, CX passou a ser o segundo volante, Sandro era um terceiro volante, mais adiantado, marcando exclusivamente pela direita e matando a saída de bola adversária pelo setor. No momento dos ajustes, o sub-40 Paulo Baier quase empata. Que nada! O Santo fez mais um de seus milagres.
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O leve ataque do Palmeiras saiu, mas DS continuava impossível pelo meio. Aos 28 minutos o “homem” driblou dois defensores do Sport, passou batido pelo terceiro e tocou por cobertura na saída do goleiro. Golaço-aço-aço!
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Alí, o jogo acabou. Os pernambucanos não conseguiram fazer pressão sobre nossa defesa e o Verdão começou a administrar a posse de bola. São Marcos ainda fez duas boas intervenções, mas, na maioria das vezes, acabou apenas interceptando balões para a área. Pior que perder, foi ter que engolir a "Festa no Chiqueiro" por mais de vinte minutos.
.Acabou o jogo, acabou a empáfia do Leão. Espero que tenham aprendido que vandalismo, porrada e fanfarrice não dão a vitória para ninguém e o tal diretor que falou pela bunda, durante um mês, deve estar, agora, com um sapato na boca.
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A Batalha dos Guararapes acabou. O Palmeiras fez tudo parecer fácil, com planejamento e dedicação em campo.
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Fora de campo louve-se a postura do Presidente Belluzzo. Foi conversar com os jogadores e tirou-lhes dos ombros a pesada responsabilidade que lhes foi imposta, em grande parte, pelos meios de comunicação.
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Chegou um dia antes em Recife para receber a delegação, passando o apoio e a retaguarda que o time precisava. Contornou problemas, administrou, pessoalmente, as possíveis tentativas de distúrbios proximas à concentração, criando um ambiente tranqüilo para a equipe. Como dirigente, fez contatos políticos, mostrou a força, a grandeza e a tradição da equipe que preside. E com esta atitude contagiou todo o elenco. Como é bom ter um presidente do futebol e não da bocha no Palmeiras.
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O Santo

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