sexta-feira, 17 de abril de 2009

Shopping Centre

Quem me conhece sabe que não sou nenhum entusiasta dos centros comerciais. No Brasil, eu ia por ser a opção mais cômoda para fazer compras. Meu método sempre foi entrar, comprar e sair. Deve ser algum tipo de fobia de quem já trabalhou em shopping. Aquela coisa de não ver a luz nem saber se é dia ou noite, ou não ter a menor idéia de como está o clima.

Ao contrário de mim, tenho alguns amigos adoram. Não foram poucas as vezes em que nos encontramos em shoppings para ir ao cinema, ou para comer. Na verdade, devo confessar que situações deste tipo são até suportáveis e dá para sobreviver sem grandes traumas.

Ontem, o dia estava horrível, muita chuva e pouco tempo para programar algum passeio com os nossos convidados. O Julien e a Méli partiriam às 17h00 para Paris. Então, só sobraram duas opções: o shopping Westfield, ou o museu de cera Mme. Tussauds. O Juju escolheu a primeira. Pegamos um taxi e para lá fomos.

Shopping é aquele negócio, quem conhece um, conhece todos. O Westfield é recém inaugurado, e ainda tem cheirinho de novo. Tirando isso, e, talvez, o Village - que é uma área realmente premium - é absolutamente igual a qualquer outro centro comercial. Seja na América do Sul ou na Europa.

Na verdade, para fazer um mínimo de justiça ao milionário investimento londrino, duas coisas me chamaram à atenção e das quais gostei muito.

A primeira é a utilização de luz natural em todo o local. Construção moderna, baseada nos novos preceitos de utilização dos recursos naturais disponíveis. Para isso, o projeto abriu mão de alguns tantos metros quadrados de lojas, e criou um enorme vão envidraçado que garante a entrada da luz natural em todo o ambiente.










É uma maneira menos opressiva de ficar dentro de um lugar fechado e cheio de gente e, ao mesmo tempo, causa uma sensação de algo natural. Deve-se considerar que o dia ontem estava muito cinzento e chovia aos baldes. Mesmo assim a luminosidade era agradável.

A segunda coisa, são os espaços que parecem verdadeiras salas de estar e ficam nos corredores . Cada andar conta também com lounges, que substituíram os incômodos bancos dos outros shoppings. Para quem vai acompanhar a mulher, não inventaram nada melhor. Dá até pra passar por um soninho.

Passeamos um bocado até que as moças resolveram parar para comprar um presente para o Lucas, irmão da Méli e primo da Anne. Era um par de tênis. As bonecas mudavam de opinião a cada respirada e não conseguiam definir qual seria. Como duas horas não foram suficientes para que elas chegassem a um consenso, resolvemos ir comer.

Fomos almoçar em um dos vários restaurantes do local. Escolhemos o mais vazio. Uma pizzaria. Almoçamos bem. Não vou entrar na discussão filosófica sobre qual pizza é melhor, a paulistana, a italiana ou a européia. Todas são boas. É igual a Coca-Cola ou o Marlboro. Qual eu prefiro? O que está na mão.

Depois do almoço, e com o tempo contado, voltamos ao presente do Lucas. Mais alguns minutos de dúvida e, voilá! Escolheram. Me deixaram lá pagando e correram para a loja UGG, onde a Méli queria comprar botas. Esperei, paguei e fui ao encontro da turma.

O Julian estava me esperando na porta, coitado. Tinha cara de traço, e logo percebi que a coisa seria longa. Entrei na loja, vi uma confortável poltrona, sentei e dormi. Com o caso resolvido, voamos para casa. Eles estavam com os minutos contados para chegar em St. Pancras e pegar o trem para Paris.

Devo confessar que não passei batido, nem saí impune do meu passeio no shopping... Enquanto esperava para pagar o tênis do Lucas na loja da Vans, vi uma camiseta e achei muito bacana. Comprei, of course!

Caso alguém não saiba, eu não sou Vans, mas também sou “ original since 1966.”.

.

2 comentários:

maureliomello disse...

Sobre esse 1966 tenho uma história bem curiosa para te contar. Assim que mudamos para a casa nova, em Vinhedo, procurava pela internet um poster para colar no quarto do meu mais velho, o Pedro. Aliás, é uma vergonha não conhecer-mo-nos. Digo, eu, as suas, e vocês, os meus. Bom, voltando, tinha que ser do U2 ou do The Doors. Tem bom gosto o cara, não? Hoje é Iron Maiden, mas essa uma outra história. Voltando, mais uma vez... Dei um google images em fotos do Doors e não é que encontrei uma réplica do poster do show que eles fizeram em NY, pasme, no dia 04/08/1966 à meia noite? Cara, é o dia do meu aniversário!!! Por alguma razão qualquer, não compramos, perdi o atalho, mas ficou a história para contar aos amigos. Beijos!!!

Tito disse...

Pô Marcão, o Vinicius também ouve Iron Maiden, AC/DC e ... Rap !!! Mostrei Doors, Cure, Clash, etc. Não rolou.
Bom, vamos ao que interessa. expatriated também é prestação de serviços:
http://www.amazon.com/Jim-Morrison-Doors-Concert-Poster/dp/B00186K2H6
Boa sorte!