quinta-feira, 2 de abril de 2009

Visitando a IKEA

Hoje fui até a IKEA. Precisamos comprar uma mesa para sala e a referência é essa loja. A desgraça fica em um lugar de difícil acesso para quem não vai de carro. A estação de metro mais próxima fica à 1.600 metros.
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Pela manhã, enquanto pesquisava a melhor maneira de chegar na loja, a Anne sugeriu que eu pegasse o metrô até Hanger Lane e de lá um taxi. A minha pesquisa indicava que a melhor forma seria ir de Notting Hill Gate Station até Paddington e lá pegar a Baterloo até Stonebridge Park e depois andar os 1.600 metros.
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Fui na da Anne. Como diria Paulinho, o Mínimo: "Se dei mal" - Desci em Hanger Lane e saí para pegar um taxi. Para quem mora em São Paulo ter uma idéia, seria, mais ou menos, o mesmo que descer na Marginal, praticamente em cima do Cebolão !
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Ficamos, eu e um sem número de caminhões, passando para lá e para cá. Bom, pelo menos tinha calçadas, todas cercadas. Parecia uma fazenda de tanta cerca.
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Andei para um lado. Nada. Andei para o outro e encontrei uma rua que dava em outra avenida e por alí fui. Cheguei na outra avenida e esperei uns quinze minutos por um cab. Desisti. Peguei outra rua, que dava em outra avenida, esperei mais um pouco e nenhum taxi apareceu. Atravessei a avenida e andei na outra direção.
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Como estava precisando fazer um xixi, comecei a observar com algum cuidado as lojas, procurando um pub, ou algo, que tivesse um banheiro onde eu pudesse me esvaziar. Por sorte achei um ponto de mini cab. Falei com a mocinha e um motorista apareceu para me levar. Comecei a "se dar bem".
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Cheguei na IKEA e fiquei impressionado com as semelhanças entre a loja e a Etna do Brooklin, em São Paulo. Tudo igual, o tamanho, o caminho dentro, as peças em exposição e até o banheiro.
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Iniciei minha procura por uma mesa dobrável, que coubesse em nossa pequena sala. Não achei nada e resolvi voltar para casa. Outra odisséia se iniciava.
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Perguntei para a moça da recepção se havia algum ponto de taxi por ali, a resposta foi negativa. No estacionamento fiquei olhando de um lado para o outro, sem muita certeza de qual caminho tomar.
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De repente, como que por milagre, encostou um mini-ônibus logo à frente. Leio nele "IKEA/Stonebridge St.". Dupla sensação negativa. Se tivesse seguido meus instintos, além de não ter pagado um sapo em Hanger Lane, tinha chegado direto no transporte da própria loja.
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Fui perguntar para o motorista qual o horário do bumba para a estação. O cara não olhou na minha cara e ainda fechou a porta. Então começou a arrumar uns papéis e não sei mais o que. Imaginei que o tipo estava ocupado, fazendo algo relevante.
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Passados mais alguns minutos, bati no vidro. O animal não olhou, fingiu que não era com ele. Começei a achar demais e a ficar irritado. Dei a volta e bati na janela dele. O idiota continuou fingindo de morto. Definitivamente, fiquei irritado. Dei um murro na janela. Aí o estúpido olhou, assustado. Abaixou a cabeça e não olhou mais.
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Se eu esperasse o tal onibus, iria acabar batendo na figurinha. Se enchesse o filho da puta de pancada, poderia terminar numa corte ou coisa pior. Achei por bem procurar outra maneira de sair daquele buraco.
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No humor que eu estava, não seria fácil. Andei até um ponto de ônibus regulares. Mal cheguei e encostou um para Paddington, entrei nele. A viagem sem fim, levou uns 50 minutos. Na famosa estação, peguei o metrô e cheguei em casa, com tempo apenas para pegar o carrinho e ir buscar a Valentina.
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A melhor coisa de ir até a IKEA, é saber que podemos comprar de tudo pela internet, ou seja, experiências como esta são completamente dispensáveis.
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