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Não pude, mesmo de longe, deixar de observar o lobby que a direção do SPFW têm, sistematicamente, feito para a abertura da Copa do Mundo/14 ser em São Paulo, ou melhor ser na “Gaiola das Loucas”, “Panetone” ou simplesmente Morumbi.
Projetado nos 60’s para receber públicos de mais de 100.000 pessoas e nos anos de chumbo, finalizado com dinheiro público, graças ao Presidente/Governador Laudo Natel. Ostentou falsamente, por décadas, o título de maior estádio particular do mundo (alguém esqueceu de colocar o Camp Nou na lista).
Foi de tempos em tempos “encolhido” para seguir normas básicas de segurança e minimizar o desconforto dos torcedores. Recomendo ótima matéria do 3VV sobre o tema: http://terceiraviaverdao.blogspot.com/2007/11/morumbi-e-seus-problemas.html).
Sem detalhar muito, existem as falhas de projeto, como os problemas de visibilidade do campo de jogo e as de construção, que entre outras já custaram pernas e vidas de torcedores.
Há que se destacar, ainda, que sua localização é um verdadeiro desastre. Completamente fora da região central, com trânsito caótico, poucas vias de escoamento de grandes massas e extritamente residencial, criando desconforto para os moradores do entorno.
Entretanto, vale tudo na insana empreitada, para obtenção de vantagens, de favores, de propriedade da Prefeitura e de dindin do cidadão, visando a reforma do mais superado de todos os estádios da capital.
Utilizar, por exemplo, sãopaulinos declarados como cabos eleitorais vide o atual Secretário de Esportes do Município e o candidato a reeleição pelo DEM, que colocam sua paixão acima da razão. Sem contar, as mentiras repetidas à exaustão; Que o Panetone é patrimônio da Cidade, ou ainda que o orgulho paulistano está em jogo e blá-blá-blá, blá-blá-blá.
Utilizar, por exemplo, sãopaulinos declarados como cabos eleitorais vide o atual Secretário de Esportes do Município e o candidato a reeleição pelo DEM, que colocam sua paixão acima da razão. Sem contar, as mentiras repetidas à exaustão; Que o Panetone é patrimônio da Cidade, ou ainda que o orgulho paulistano está em jogo e blá-blá-blá, blá-blá-blá.
Vejamos, na “pré-minuta das primeiras pesquisas, do ante-projeto, do estudo preliminar, do rascunho do business plan”, constam, entre outras coisas, a construção de garagem em terreno público, monorail de superfície para ligar a estação de metrô mais próxima ao estádio, cobertura das arquibancadas, aumento do número de camarotes e algumas reformas estéticas no elefante branco. Porém, apesar de ser um estudo muito preliminar, já tem valor fixado em U$ 300.000.
Agora que soltaram o rojão, saíram correndo atrás da vara (uiiiiiiiieeeê !!!) e estão procurando parcerias para o início da patifaria, digo parceria.
Entenda-se, qualquer empresa que se preste a por o nome em uma carta de intenções visando participar do empreendimento e que posteriormente poderá “roer a corda”, afinal há crise global, subida do dólar e etc.
A coisa funciona mais ou menos assim, projeto aprovado, obras iniciadas, atrasos, atrasos e atrasos de cronograma, “logro do patrocinador”, ameaça de paralização, imagem do País em risco, grana do governo pra cobrir o rombo.
O exemplo mais vivo e bem acabado foi o recente Panamericano do Rio, quando lançado, teria aporte mínimo de verbas públicas, pois já haviam rios de patrocinadores e tal, sendo que, no final a brincadeira que custaria só “os olhos da cara”, custou a cara toda e mais alguma coisa, em sua grande maioria bancada pelo erário público Federal, depois de calotes de pseudo patrocinadores, Prefeitura e Governo do Estado.
Voltemos a proposta tricolina; A Prefeitura cede o terreno, ao lado da nona maravilha do mundo, para a construção das tais garagens, que em alguns veículos de (des)informação seriam um prédio, em outros subterrâneas, vá lá.
O Governo do Estado banca o monorail de dois quilometros até o Taj Mahal e a contra-partida do clube é a contrução do estacionamento e da estação, da já apelidada de “linha cor-de-rosa”.
Vamos fazer um brainstorm sobre tudo isso;
1)Quantos jogos da Copa serão lá? Cinco?
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2) Vão alegar: - Mais os benefícios serão utilizados durante todo o ano – Quantos jogos o SPFW fará à la maison em um ano? Cinquenta?
Considerando o ticket médio do SPFW no Paulistão/08 (Fonte: 3VV) em U$ 9,58 (cotação de 1.7), vamos arrendondar pra U$ 10, ou melhor, uma lambuja, considerando que com estádio “novo” o TM sobe e vai pra uns U$ 15, e que o público médio nos jogos seja de impossíveis 20.000 pessoas, nem dando (uuuuuuuuiiiiiiiiiieeeeeeeeeeeeê !!!!) ingressos. Tudo bem, é só suposição:
O que significa?
3) Pôxa vida, é claro que a população em geral se servirá das benfeitorias !!!!
Ah tá ! Se minha memória não me trai, inexiste qualquer pólo comercial ou empresarial próximo para justificar o estacionamento, os únicos beneficiados deverão ser o sócios do clube.
Que me recorde, também, o entorno do "quase Coliseum" está repleto de casas e edificios de alto padrão, portanto, não seria equivocado concluir que tal população não tem perfil de usuário de transporte coletivo e mesmo que tivesse, justificaria a construção de dois quilometros de linhas públicas para o local, ao invés de, por exemplo, para Taboão da Serra, seguramente com maior adensamento populacional ?
Ou seja, se as administrações Municipal e Estadual têm realmente vontade política de investir naquela região, sugiro que subam um pouquinho mais a Avenida Giovanni Gronchi e gastem esses milhões na favela Paraísopolis, me parece bem mais decente.
Se a vontade for investir em arena esportiva, que valorizem um bem público e gastem no Pacaembú, verdadeiramente um patrimônio do Município e de sua população, com metrô próximo, central e sem problemas de visibilidade para o torcedor.
Ou então, seremos forçados a acreditar, mais uma vez, que nem só de paixões acima da razão se faz esse lobby e sim que algo mais existe no ar, que com certeza não nada cheiroso, apesar de toda eau de colonie despejada no ar por aquelas bandas.
Dinheiro Público pro penicão, nem a pau, Juvenal !!!
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Quer saber mais sobre a tal eau de colonie ? clique: http://youtube.com/watch?v=0rCXwXaGk1E
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