sábado, 10 de janeiro de 2009

Dorfão

Esta semana, através do blog do Marco, fiquei sabendo do falecimento de seu tio Adolpho. “Dorfão”, como era conhecido na família e por nós, amigos, dessa família, era um cara fantástico.
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Ele morava em Marília, interior de São Paulo. No tempo em que tivemos maior contato, era o multi-homem. Pediatra, professor, trabalhava no serviço público e em seu consultório, escrevia livros e tinha um programa de rádio, se não me engano, nos domingos à noite.
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Lembro muito dele jogando bola. Foram vários jogos no campinho da chácara da Cely em Campinas. Dorfão era o capitão e passava o tempo todo organizando o time e tal.

Mas não esqueço um fato que ocorreu comigo, há uns nove anos. Eu estava em Iguape, visitando o meu filho, Vinicius e, como ele estava adoentado, levei-o à pediatra.
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A médica examinou o Bibi e constatou que ele estava com a garganta inflamada. Receita vem, conversa vai e a moça se achou no direito de dar opinião sobre a minha vida e na relação “pai que mora longe do filho”.
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O papinho furado já estava me irritando, quando ela abriu uma gaveta e sacou um livro. Ganhei-o. A moça me aconselhou a lê-lo. Disse que era de um ex-professor, um médico que era uma inspiração. Dada a boa-vontade, não havia por que não aceitar o livro. Peguei, agradeci e coloquei na bolsa.
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Quando cheguei na casa da minha irmã, fui ver do que se tratava. Infelizmente, a memória me trai e não lembro do nome do livro, mas lembro do autor; Adolpho Menezes de Mello, o Dorfão !!!
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Li naquele final de semana, e, quando fui levar o Vinicius para a mãe dele, levei o livro comigo. Mostrei e perguntei se ela tinha lido. A resposta foi negativa. Assim, achei por bem, deixar o livro com a Gisele. Não pensei em guardá-lo e sim em permitir que outros entrassem em contato com o ensinamentos do grande professor.
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2 comentários:

Alexandra Mello disse...

que surpresa boa...
encontrar nosso tio querido por aqui...
bjs
Xan.

maureliomello disse...

Grande Pirulito! São estas singelas manifestações que fazem a gente ter certeza das amizades que cultivamos para sempre. Você é daqueles que têm cadeira cativa no coração.
Um beijão, Marcão.