Num gesto humanitário do qual se arrependeriam pelos próximos 72 anos (*),Palestra Italia e SCCP (juntamente com a Portugueza de Esportes) decidiram, em 03 de Julho de 1938, tentar salvar o clube dos bacanas de sua segunda falência em 3 anos e possibilitaram, assim, que Madame pudesse sobreviver no mundo do calcio longe da proteção dos quatrocentões do Club Paulistano.
Também foram só mais 3 anos para que recebessemos a paga, na primeira demonstração do caráter distorcido e predatório que hoje todos conhecemos bem:
Na sede rivale, uma intervenção militar catapultou à presidência do clube alvinegro um milico são-paulino, e foi custoso tirá-lo de lá.
Um ano a mais, e foi a vez de nossos bravos ascendentes Palestrinos se verem obrigados a defender, apenas com sua coragem, o patrimônio do Palestra Italia e nossa camisa, pois até nosso estádio aquela escória tentou levar na mão grande.
Mais 2 anos se passaram, no entanto, e a Deutsch Sportive não teve a mesma sorte… viu seu campo ser roubado e sua sede ser fechada sob o pretexto do ‘fascismo que dominava as instituições’ governadas pelos filhos dos países que formavam o Eixo.
Logo, através de acordos escusos e decretos obscuros assinados à sombra da ditadura, o time da opressão conseguiu roubar terreno e material suficientes para construir seu próprio estádio, bem longe dos olhos do povo; enquanto isso, ano após ano, o novo Palmeiras e o sempre SCCP foram tendo seus terrenos fatiados aos poucos, cedendo espaço para a construção da Av. Sumaré e Av. Antarctica (pelos lados Verdes), ou perdendo sua área para as marginais do rio Tietê, no caso dos alvinegros.
Até que chegamos onde chegamos, em 2010, sem que esses fatos jamais tivessem sido devidamente revelados por uma imprensa corrompida - que nasceu com os barões do café e fortaleceu suas empresas sob a mão de ferro dos generais.
Mas hoje não.
A democracia, fortalecida, extrapolou nosso direito ao voto e invadiu os meios de comunicação, catapultada pelo rápido avanço tecnológico das fontes midiáticas. E é aproveitando esse momento de ouro que contamos e recontamos essa história – e convidamos você a revivê-la, participando da III Edição do Jogo das Barricas – a Reparação Histórica de 1938.
Não importa se você é Palestrino, Corinthiano ou Lusitano, venha confraternizar e entender esta idéia. Após o jogo haverá a entrega dos troféus e um churrasco devidamente regado à cerveja, que deve se estender por toda tarde.
A barrica, protagonista, também estará presente: leve suas moedas e vamos enchê-las novamente, como fizeram nossos ancestrais para salvar o diabo do fogo.
Com a renda, decidiremos o melhor a ser feito: podemos doá-la a JJ, para que ele pague a monstruosa dívida de seu clube com o INSS; podemos dar as moedas ao poder público, para que este construa um estacionamento em frente ao Privadão, já que o governo de São Paulo comemora um calote de 40 anos (essa obra deveria ter sido construída pelo SPFC, como contrapartida da doação do terreno leonor); ou podemos ainda doar essa grana para o Nazi Club tentar reformar aquele puteiro decadente que ninguém mais leva a sério e onde nenhum clube grande ou entidade de respeito arrisca tomar como sede para um jogo de Futebol de verdade.
Endereço e data do Jogo podem ser conseguidos na nossa comunidade, basta se cadastrar. Ou então nos mande um mail, identificando-se corretamente.
A data e o local serão divulgados em breve, e a colaboração de todos os interessados em participar do evento será imprescindível para que possamos arcar com uma edição ampliada em relação aos anos passados.
Nota do blogueiro: Eu, devidamente repatriado, não só estarei presente, como prometo marcar dois gols. Um gol com o pé direito e outro com o pé esquerdo, para desespero dos rivales @craudio99 e Lú Pini Nader!
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